terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Em SP mais uma vez!

Meu mochilão começou depois de muuuuuita correria... por isso não postei antes dizendo que viria hoje (segunda) para cá!

Bem... aqui estou! A viagem foi ótima e tranquila! Cheguei na rodoviária do Tietê às 9h30...
A noite foi mais ou menos... consegui dormir umas horas, outras não... no geral foi bom!

Peguei metrô, bus e me encontrei com meu amigo Gustavo... na casa dele estou agora... Não tenho planos ainda!

Mais informações depois!!

Beijoooo gente!

Momento especial para: Pai, mãe, irmão, vó Gilda, primos Lucas e Léo... que foram se despedir de mim na rodoferroviária!! E Aninha que quis ir, mas não deu! Love you!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

SP - Segunda (10/11)

São Paulo é uma cidade bem diferente de Brasília!
Essa não é uma constatação nova, já que muitos brasilienses que conhecem SP, e muitos paulistanos (acertei?) conhecem BSB, e concordam.
A "cidade do trabalho" (clichê!) é uma cidade que vibra. O clima (sensação) é diferente.
Fisicamente nem é preciso dizer: em SP não há espaços vazios, ao mesmo tempo em que é uma cidade aberta - ao imigrante, às diferenças e aos mochileiros também. Em BSB não se vêem tantos prédios gigantescos em uma única avenida. E me informaram que na Paulista ninguém olha na sua cara, nem te dá informações.
Na manhã de segunda, depois do café da manhã (delicioso!), peguei minhas coisinhas e fui andar pela Paulista mais uma vez (amei o lugar!) até dar a hora de ir.
Sobre as informações? Não tive problemas, me informaram qual ônibus ia para Congonhas, de qual lado passava, e o que mais quis saber.
Na noite anterior tinha visto um sebo, então voltei lá para ver se achava algo interessante. Acabei comprando o CD American Life da Madonna, acho que 18,90. Preço bom.
O resto da manhã foi caminhando de um lado para o outro. De banca de revista em banca, olhando e pensando na vida.
Peguei o ônibus por volta das 11h30 para ir para o aeroporto. Andar de avião? Também seria a primeira vez!
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Aeroporto de Congonhas
Após 1 hora no ônibus, desço na parada do aeroporto. Fui logo fazer o check-in, rápido e fácil até, pena que não tinha mais janela!
Andei pelo local. Liguei para meus pais. Fiquei na única livraria do local até dar a hora. No Aeroporto JK de BSB tem muitas lojas, e inclusive um cinema. Bem diferente de SP, achei bem sem graça o local.
A viagem de avião foi bem tranquila. Adorei, mas foi bem mais normal do que imaginei. Podia ter tido uma grande turbulência e tal, mas não houve nada demais. Na decolagem me deu vontade de rir, é realmente rápido, e ver tudo lá de cima é bem legal.
Fiquei lendo nas quase 2h de vôo, tomei uma coca-cola e não comi (era lombo a refeição servida).
Assumo que foi bem legal ver a minha cidade maravilhosa de cima. Ver o Lago Paranoá, a Ponte JK... A tarde estava bem encoberta, chuviscando um pouquinho.
Apesar da ótima estadia em SP, estava de volta à minha casa! É tão acolhedora a nossa terrinha natal!
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São Paulo é uma cidade bem diferente de Brasília!
Cada uma tem suas qualidades e particularidades.
Se trocaria BSB por SP? Preciso conviver mais com a outra cidade para responder!

SP - Domingo (09/11) [2/2]

Tarde
O amigo do Gustavo - Rogério - nos encontraria na Catedral da Sé.
Pegamos uma condução perto da casa do Gus e fomos para o centro. Uma coisa que fiz a viagem inteira foi tentar me localizar - "estou em qual zona?" (no bom sentido) -, e o santo do meu amigo que teve que aguentar e responder a cada km.
Chegando no Centro, passamos pelo Viaduto do Chá e acho que Santa Efigênia também, mas só passagem mesmo. Demos uma rápida parada no Teatro Municipal, para rápidas fotos - eu já ouvi falar muito do perigo do centro, então não queria dar muita bandeira por lá, ainda mais que estava com a minha mochila com todas as minhas coisas.
Do lado do teatro há uma pracinha onde as estátuas estão com bóias (já tinha percebido isso na Avenida Paulista, por causa de uma estátua na frente do Parque Trianon) - uma forma de pedido de salvação aos monumentos da cidade.

Foi no Vale do Anhangabaú, onde vi a Prefeitura, os Correios, etc, que constatei que essa região tem muitos mendigos! Eles, infelizmente, deixam o local mais suspeito e feio realmente. Isso porque lá tinha tudo para ser um dos lugares mais "sociais" da cidade, onde em um fim de semana as famílias pudessem passear com as crianças pelas ruas, onde não transitam carros, sem perigo! Uma pena que não é assim!

Vi o Edifício Banespa (fechado), passei por uma parte cheia de bancos e casas de câmbio. Muito legal andar pelas ruazinhas com prédios grandes dos dois lados.

E então chegamos na Catedral da Sé, onde tem também o Marco Zero, de onde se pode ir para qualquer lugar do país e onde o CEP é 00.000-01.

Tive o prazer de conhecer o Rogério enquanto andava por dentro da Catedral, olhando os vitrais, que são uma parte dos monumentos que gosto de observar.
Próxima visita foi o Bairro da Liberdade, que é logo do lado! Aliás, no Centro achei tudo muito perto. Lá é um clima muito legal, tipo uma feirinha, com todo mundo andando pelas ruas, comendo muitas coisas que pareciam deliciosas, já que não quis experimentar. Bem, tinha umas bem estranhas também!
Demos uma voltinha e refizemos o caminho de volta. Já com o Rogério, passamos pelo Monastério de São Bento, que só havia visto de longe. A igreja é muito bonita também!
Nesse período, sempre que via um orelhão tentava ligar em casa, já que meus pais iriam para o culto - eram quase 18h. Finalmente consegui em um no Vale. Falei correndo com minha mãe, para não gastar o cartão de telefone. A próxima ligação que faria seria na segunda, no aeroporto. Quando cheguei em casa fui saber que, por ter falado rápido, ela achou que eu tinha sido assaltado!
Não fui, mas quase! Só Deus mesmo para me proteger!
Continuamos a volta, passamos pela Galeria do Rock (também fechada), vi os cinemas privês (por fora - Aqui em Brasília não tem tão descarado assim, pelo menos nunca vi). Quando passávamos mais uma vez pelo Teatro Municipal, um grupo de uns 5 pivetes nos abordaram.
Três foram em cima do Gus, e outro em cima do Rogério. E eu? Graças a Deus ninguém me pegou pelo braço. Repito: estava com tudo! Passagem, dinheiro, câmera, celular...
Começaram a atravessar a pista e eu pensei: "Vou ou não vou?". Virei para o outro lado, e três meninas do grupo vinham perguntar as horas - acho que para ver meu relógio. Respondi rápido e fui na loja do outro lado pedir ajuda ao guardinha, que respondeu: "Pede para seus amigos entrarem na loja!". Aham! Eles estão sendo assaltados e vou lá chamá-los na frente dos bandidos!
Nessa hora, os pivetes já cumprimentavam o Gus, que deu uma de bravo e cidadão lutador - tem que falar gírias e dizer que trabalha o dia inteiro, etc. - e acabou não dando nada para eles, mesmo sendo ameaçado de levar facada ("Não me mostraram faca nenhuma!"). O Rogério, ao contrário, acabou ficando sem o celular e o relógio caro!
Droga! Por um lado fez eu ficar mais apreensivo quanto à cidade, tirar fotos, etc., mas não aumentou nenhum tipo de preconceito não. Ando em São Paulo, com cautela, claro, mas sem problemas. E ainda recomendo!
Voltamos a pé mesmo para a Paulista, meio assustados, meio chateados, meio aliviados...
As meninas nos encontraria no metrô um pouco depois para comer uma pizza.
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Noite
No metrô conheci a Manu (um amorzinho!), a Vana (outra querida!) e reecontramos a Lu. Indo para a pizzaria, o Gus, que conhece todo mundo, reconheceu o André (um dos Andrés da comunidade) com suas amigas. Só nos cumprimentamos - ele não me reconheceu na hora - e fomos comer pizza. Lá estava o Ale (um cara super gente boa também!).
A noite foi bem agradável, pena que o Rogério não pôde ficar, e pena que não durou muito. Conversamos, comemos (eu fui o único a não comer os pedaços inteiros.. rsrs) e depois passamos numa padaria 24h... Bem cheia e já eram umas 21h, não sei... O pessoal comprou sorvete para tomar na casa do Ale.
Já eu, tinha ligado para um hostel que ficava lá perto da Avenida mesmo (Pousada dos Franceses - na Rua dos Franceses) do celular da Lu (obrigado!) na pizzaria mesmo, e tinha reservado meu lugarzinho lá. Então na padaria só comprei um picolé, me despedi de todos, pois não veria mais ninguém no dia seguinte, e fui a pé para o hostel.
Achei sem dificuldades o local, ainda mais porque a cada esquina perguntava se estava no caminho certo. É um pouquinho pra trás da Avenida, mas nada longe.
Seria o meu primeiro hostel. Cheguei, fiz o cadastro, fui apresentado ao hostel, arrumei minhas coisas e já fui tomar banho! Como queria um banho quentinho! Depois só comi umas besteiras em frente a TV e fui dormir.
O lugar era bem legal, arrumado, limpo. Recomendo!
No dia seguinte voltaria para Brasília, era minha última noite em São Paulo.

SP - Domingo (09/11) [1/2]

00h20 - Credicard Hall
O show começou no sábado e acabou no domingo!
Na saída eu estava acabado, super feliz, sem acreditar no que tinha acabado de viver... Minha camisa estava completamente encharcada e eu só precisava de uma água - R$3!!! (um copo maiorzinho, não uma garrafa)...
Sentamos, eu, Matheus, Sandy e Thiago, no meio-fio e começamos a compartilhar as sensações daquela noite, os melhores momentos, o que não foi tão bom (o microfone da Kylie que em alguns poucos momentos falhou, mas teve gente que nem percebeu), e etc.
Lu (querida! e preocupada) me manda uma mensagem: "Bruninho! Como tah o show? To no show do skank! Tah otimo!! Bjs lucia". Eu respondo: "Oi Lu, o show acabou, vou ver o q faço. De boa, bjus".

E agora? Onde vou dormir?
O Thiago também estava no mesmo dilema - perdido! Resolvemos ir procurar um lugar onde dormir, já que os guardinhas expulsaram todos para fechar o Credicard...
Nos despedimos do Matheus e da Sandy (que iriam pegar um táxi para o hotel deles) e fomos andar pelas ruas de SP.
O primeiro que tinha visto estava lotado. O segundo também. O terceiro idem. O quarto igualmente.
Um cara disse que tinha um na direção que estávamos vindo, e disse para a gente acompanhá-lo para mostrar. Desconfiamos. Na mesma hora um homem de carro do outro lado chamou a gente dizendo que tinha um do lado oposto. Ele falou que era não era para ir com o outro, mas ofereceu carona. Lógico que também não aceitamos. Ele disse um "ok" e foi embora. Mas estava certo. Logo achamos um hotel com vaga.
Só foi tomar banho (quente!) e desabar!


08H30 - 14h
Acordamos e já saímos, estávamos sem nada, nem escova de dente. Queria comprar um cartão telefónico para ligar para alguém, para ver para onde ir. Na padaria que parei, não tinha, mas o senhor ofereceu o telefone para eu ligar. Que coisa! Não achei que encontraria isso em SP!
Aproveitei para comer um pão de queijo delicioso.
Liguei para a Joici, mas ela disse que estava em Santo André e era para ligar para o Eber ou para o Gus. Liguei para este último. Não atendeu.
Fui deixar o Thiago na estação de trem/metrô para Guarulhos, onde ele mora. Lá consegui comprar o cartão. Me despedi do Thiago que havia sido muito gente boa comigo nas últimas horas (e é até hoje), inclusive dizendo para ligar para ele qualquer coisa (obrigado!).
Dessa vez consegui falar com o Gus que pediu para eu pegar o metrô e descer em Campo Limpo. Lá ele me pegou e fomos para sua casa.
Pude tomar um banho relaxante, dar uma olhada na internet e descansar o resto da manhã.
Fizemos (ele fez) um almoço típico de solteiro - batata frita e nuggets -, bom por sinal. E estávamos programando com o resto da galera o passeio da tarde.

Destino: Centro de São Paulo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

KYLIEX2008 [2/2]

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Xletro Static
Quando as primeiras notas da música e a primeira cena do vídeo começaram, o público foi à loucura! Todos pulavam freneticamente. Eu, com minha mão levantada gravando, não conseguia ver nada!
Speakerphone, Can't get you out of my head e In your Eyes não consegui ver muita coisa! Tentava ver pelos telões que ficam nas laterais do Credicard, o que é péssimo!, fazendo eu ter de ficar meio de lado.
Em compensação a energia estava 10000%!
Diferente dos shows europeus, ela não entrou em um aro suspenso, como se estivesse rodeada de raios. Ela saiu de trás de algumas caixas de som... Foi mais simples que os outros shows, mas não por isso mais sem graça.
Nessa hora ninguém pensava em lugar, em amigo, em nada! Só em curtir... e eu procurando uma saída para ver o show direito!
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Cheer Squad
Tinha desistido de tirar fotos. Impossível com a minha máquina! Tentava filmar somente...
Quando ela volta nesse bloco como uma líder de torcida, está simplesmente linda!
Ainda não conseguia ver muita coisa, mas já tinha achado uma solução: me enfiar no meio das pessoas, entre empurrões e caras feias, e chegar à frente.
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Beach Party
Acredito que foi no final desse bloco que finalmente consegui meu lugar: atrás de uma única pessoa.
Nessa hora minha camisa estava encharcada! Era um "calor humano" indescritível! (rsrs)
O negócio era não desgrudar o pé do lugar...
Foi um dos blocos mais sensuais do show, com ela seduzindo os marinheiros. E era um dos blocos que eu menos botava fé, já que tinha Loveboat e Copacabana - músicas que não gostava tanto, mas que realmente deram um outro clima ao show.
Quando ela cantava "Martinis and bikinis", ela fez uma referência aos biquinis brasileiros.
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Xposed
Começava a segunda metade do show.
Like a drug, Slow e 2 Hearts fizeram parte desse bloco.
Todos estavam entregues, em uma sintonia sem fim.
Kylie completamente de cara com os brasileiros! Espero que ela tenha se apaixonado e volte na próxima turnê!
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Black versus White
Não tenho certeza, mas acho que uma das partes altas do show pra mim foi nesse bloco, quando o dancer Marco da Silva (que eu pensava bem no começo ser brasileiro, mas descobri que era alemão filho de portugueses) se comunicou comigo! Enquanto dançava na direção em que eu me encontrava, dei um "tchau" e ele, impossibilitado de usar as mãos que desenvolviam a coreografia, sorriu e mostrou a língua. Tudo bem... meio idiota! Mas ele "falou" comigoooo! (rsrs)
Nesse bloco teve um dos telões mais elogiados, onde todos pareciam estar em um salão enorme antigo.
Eu pirei em In My Arms. Não só eu, mas todos! Talvez o ponto mais alto de todo o show! Per-fei-to!
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Encore
O público mandou nesse bloco!
Desde o começo do show, a cada momento livre todos gritavam "The One! The One!". Depois da música Better the Devil you Know, o pedido se intensificou e ela não resistiu. Parou o show, conversou com uma mulher (deve ser diretora do show e também música) e na mesma hora começou a passar o vídeo de The One e ela a cantar lindamente!
Mais uma vez o Credicard veio abaixo!
Para completar, no final da música, começou outro pedido "Come Into my World", que ela cantou acapella. Amei!! Já que queria muito essa música no show latino também!
O show acabou com Love at First Sight, ao invés de I Should be so Lucky, e sem a música No More Rain.
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Sem dúvidas o melhor show que já fui na vida até agora!
Muito interessante o fato dela poder mudar o show em cada lugar e o público ajudar nessa escolha.
Um show bem mais dinâmico e livre do que o que a Madonna vai apresentar em dezembro, mas não por isso pior ou melhor, apenas diferente.
Kylie é perfeita, canta muuuuuuito e é linda, um amor!
Nem é preciso falar da tecnologia do show, que apesar de ter ficado sem o "chão/telão" e a caveira, além do aro, não ficou por menos!
Como li numa crítica, tinha hora que a fantasia e o palco parecia um pouco artesanal, mas impactante do mesmo jeito.
Os dançarinos, principalmente os homens, são muito bons! As meninas poderiam ser melhores.
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Outros detalhes:
- Kylie também sambou uma hora do show... não me recordo em qual intervalo de músicas.
- O que faltou para o show ficar perfeito: as músicas Nu-di-ty, No More Rain e I Should be so Lucky.
- O DVD com o show completo, gravado em Londres, estará nas lojas em pouco tempo. Se puder, não hesite em comprar!
- E se você não conhece Kylie Minogue, procure no Youtube o clipe de "Can't get you out of my Head", todo mundo conhece a música, só não sabe que é dela. Depois disso, procure baixar as principais músicas (veja no Vagalume, por exemplo) e se vicie também!
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Próxima turnê da Kylie? Estarei lá!
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Fiquem agora com os vídeos que fiz no show:
Parte 1:

Parte 2:

A maioria das fotos não é de minha autoria. Os dois vídeos fui eu quem fiz. Desculpem a má qualidade, mas era impossível fazer algo melhor do meio daquela muvuca!
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Cada segundo valeu a pena!
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Got a feeling this is something strong
All I wanna do is move on
No more wondering where I belong
So never go away...

KYLIEX2008 [1/2]

Voltando um pouco no relato...
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- Cheguei na fila do Credicard um pouco cansado, frustrado e me sentindo uma "caquinha" (não tive tempo de tomar banho, trocar de roupa...). Tinha tudo para ser uma noite ruim. Mas lógico que não foi!
- Na espera, podíamos ouvir a passagem de som no Credicard, e de onde estávamos, havia uma porta que quando alguem entrava/saía dava para ver o palco. Justamente quando fui comprar uma água, o pessoa disse que viu a Kylie por lá. Que coisa, não?
- Quando o pessoal começou a se ajeitar para entrar na casa de espetáculos, eu fui mais para frente ficar com o meu amigo Matheus - ele estava com outros amigos mais próximo da entrada. Como não sou bobo, corri pra lá.
- Com o grupo do Matheus acabei conhecendo outras pessoas legais, mas todos viciados em Kylie, sabendo de tudo! O mais chegado acabou sendo o Thiago, que aparece na história mais depois de show.
- Entretanto, contudo, todavia, quando os guardinhas foram revistar, disseram que eu tinha que guardar minha sombrinha num lugar lá. E a mulherzinha ainda demorou arrumar as coisas! Resultado: demorei mais ainda entrar. Mas tudo bem...
- Estavam vendendo coisas da Kylie - acho que CD, calendário e o tão cobiçado Tour Book. 1° - eu pensei "vou comprar na saída pra não amassar", como fiquei sabendo que aconteceu com o de alguns. 2° - na saída, eu pensei mais racionalmente e vi que não tinha muito dinheiro, se comprasse o Tour Book ficava na rua. 3° - o Tour Book havia acabado! Droga! Eu ia dormir na rua!
- Quando entrei, fiquei entre o meio e a lateral direita do palco, junto ao Matheus e a Sandy, justamente na minha frente tinha um homem de 1,89 (ouvi ele dizendo) e na direção do palco só tinha pessoas altas. Eu nos meus 1,74 (por aí) estava lascado. E nem estava tão longe do palco, se fosse um fila indiana, seria a oitava pessoa de distância do palco (mais ou menos).
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- Me senti um pouco deslocado às vezes. Todo mundo era fã da Kylie a séculos! Eu não me considero fã e sim um grande admirador! E conhecia a Kylie a pouco tempo. Tinha tudo para ser um poser, mas não era! Inclusive eu soube cantar todas as músicas no show, o que não vi muitos fazerem, modéstia à parte...
- Outra coisa que me incomodou, foi quando fui comprar água e vi cambistas agindo. Cadê a polícia numa hora dessas? É um absurdo esse abuso por parte deles. Inflacionar os preços (que já não são baratos) é uma palhaçada. Mas quem sou eu para fazer alguma coisa? Apenas faço minha parte, não comprando nada deles.
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Tantas coisas a mais para contar... contudo, acho que já dá para ter uma idéia do clima no local!
Enquanto isso, fiquem com um gostinho do show...
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Can't get you out of my Head - Kylie Minogue
Reparem o quanto ela fica surpresa com o público brasileiro! E eu estou no meio daquelas pessoas no final do vídeo!

SP - Sábado (08/11) [2/2]

A manhã e a maior parte da tarde tinham sido muito boas, apesar de conforme a tarde ia avançando a minha tensão aumentar.
Lu ficou no meio do caminho para o Credicard. Ela iria a um show do Skank a noite também e foi muito atenciosa ao dizer que se precisasse de algo era pra chamá-la - mesmo estando do outro lado de SP!
Gus e eu seguimos. A viagem de ônibus demorou uns 45 minutos! Chegamos no terminal e fomos dar uma volta por perto para ver se achávamos algum lugar para eu passar a noite.
Andando um pouco encontramos um hotel/motel que cobrava R$40 a pernoite, mas tinha que pagar adiantado. Como eu ia encontrar um amigo, talvez ele soubesse de algo mais rentável e seguro, então resolvi não reservar e ir direto para a casa de espetáculos. Qualquer coisa haviam outros hotéis por perto, segundo o Gus. No caminho para o Credicard conversamos, enquanto ele nos guiava.
Eram 17h quando chegamos! Antes de ir para SP pensava em chegar às 9h. Quando soube que iríamos ao Ibirapuera, quis chegar lá por volta das 14h. Aham!
A fila já estava longa, devia ter pelo menos umas 200 pessoas na minha frente. Outro problema: estava com minha mochila nas costas (não sabia onde ia dormir e para aonde iria no dia seguinte), e descobrimos que lá não tinha lockers, ou algo do tipo. Como ver um show com uma mochila daquela! Iam acabar me roubando, tirando que ia ser super desconfortável.
Mais uma vez o salvador Gus agiu e se ofereceu para levar minha mochila. Obrigado! Peguei o necessário e ele partiu para sua casa.
Assim que cheguei na fila, outro Bruno, com sua mãe, também se enfileiraram e já começamos a conversar. Os dois foram muito prestativos e simpáticos - pena que perdi contato, tenho que ligar para ele depois. Boa companhia na espera até às 20h - quando o portão abriria. Logo, formamos um grupão de umas 8 pessoas.
Meu amigo Matheus, que havia conhecido a poucos dias na comunidade da Kylie, estava a caminho do Credicard, com a Sandy. Outras pessoas adoráveis, que alegraram minha espera das 20h às 22h20 - quando o show começou.

Não comentei até agora, mas o show era da cantora Kylie Minogue!
A conheci no seu último álbum "X". Tinha umas músicas, mas não ouvia muito. Mas, coincidentemente, estava me viciando em suas músicas quando soube que ela faria um show no Brasil. Havia até apresentado uma música dela em um trabalho de inglês.
Não poderia ter sido em melhor momento! Era a primeira vez que ela vinha à América Latina.

Conhecer meus amigos + ver show de KYLIE MINOGUE! = Não tem como não ir para SP!

Depois de muita espera, meu pé estar doendo já, e estar lotado o Credicard - pelo menos a pista, as outras partes encheram na hora do show -, um DJ aparece para começar a aquecer a galera. Nada demais. As músicas que mais animavam eram justamente as da Kylie.

Quase 22h30, finalmente:


Lights flashing
Sound clashing
Mind blowing
Body rocking
Eyes locking
Lips touching
Hearts pumping
Pressure rising
Breath taking
Rump shaking
Music makes you lose control
Playing on your SPEAKERPHONE
Track repet go on and on!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

SP - Sábado (08/11) [1/2]

Um dia de muitas emoções!

Ibira para os íntimos. A programação do dia começava lá. Acordamos, nos arrumamos e partimos. Tati teve que ir para faculdade de novo. Rafa programou seu GPS (que não tem uma boa fama, Joici que o diga) e fomos buscar o Eber. Até o aparelho funcionou, a “casa do Boss” ficava a apenas uma rua de distância do que o GPS dizia. De lá fomos procurar o Parque do Ibirapuera.
Acho que quando o Rafa decidiu desligar o GPS achamos mais facilmente (haha). A Lu – a única que podia ir – nos encontraria mais tarde, já que ela mora perto do parque, e só não foi mais cedo porque tinha tarefas domésticas a cumprir. Andamos, conversamos, nos divertimos. Como o Rafa estava com sua máquina potente, eu nem tirei fotos direito com a minha. Foi uma manhã muito agradável!
Mais para o final da manhã, depois de ter rodado boa parte do parque e ter estado nos últimos minutos à beira de um dos lagos conversando, vendo o Eber alimentar os patos com Amendupã de pimenta mexicana (rsrs) e comendo também, a Lu resolveu aparecer. Fomos buscá-la na entrada 6 (se não me engano) e a reconheci de longe. A japa querida! (chamada de falsificada por uns - se é ou não, não importa, amo-a! hehe). Um amor de pessoa!
Resolvemos ir a um Centro Cultural (passamos por ele na ida), porque o Eber queria ver se encontrava uns livros. O Gus nos esperaria por lá. Quando pensamos que não - mais chuva em SP! Tentamos nos abrigar, mas mesmo assim ainda deu para molhar. E a chuva só foi para isso mesmo, porque logo parou.
Rodamos um pouco e conseguimos achar o bendito lugar de novo. Já eram aproximadamente 14h, ninguém tinha almoçado. Esse era o horário que eu tinha planejado para chegar (no máximo!) no Credicard Hall, para o show de mais a noite. Começava a me dar um leve nervosismo. Para piorar, não sabia onde iria passar a noite. Na casa do Rafa, antes de dormir, pesquisamos uns hostels, mas todos longes do Credicard.
Eber pesquisava os livros com o Rafa, enquanto eu, Gus e Lu tentávamos pensar numa solução. A hora passava. O pessoal resolveu ir embora - o Eber não achou o que queria. Havíamos tentado usar a internet, mas tinha que fazer um cadastro e esperar a hora livre (às 16h!).
Fomos para o carro, mais uma vez, agora com a presença do Gus. Tentei ligar para uns hostels. Consegui um - R$30. Mas só o táxi para chegar lá era mais R$30. Não daria mesmo! O anjo Gustavo disse que me levaria ao Credicard e, como ele já morou lá por perto, me mostraria uns hotelzinhos fuleiros, mas que dá para dormir - se eu não me importasse. Claro que não! Nessa altura do campeonato toparia qualquer coisa. Eu só precisava ter um ponto de segurança.
Eu, Gus e Lu ficamos na Av. Brigadeiro (acho eu) para pegarmos o ônibus (Lu desceria no meio do caminho), os outros se foram. Detalhe: isso depois de rodar um tempão procurando o caminho para casa! GPS não servia para nada. Outra chuva tinha recomeçado. Uma coisa só. E a hora passando!
Pegamos o ônibus. Próxima parada: Terminal Santo Amaro (se não me engano mais uma vez!).

Questão pessoal: Assumo que fiquei um pouco assustado essa tarde com a possibilidade de ficar sem ter aonde dormir. Tentava me convencer que não seria nada demais ver o dia amanhecer em alguma parada por aí. E conforme a hora ia passando, eu ia ficando mais tenso. Essa possibilidade me fez mais tolerante a contratempos - um pouco ao menos! E percebi outras coisas pessoais que precisaria adequar na minha vida.

Não temos o controle de tudo! E nem tudo sai como queríamos!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

SP - Sexta-Feira (07/11)

Finalmente conhecia São Paulo. O que sentia, nas primeiras horas da manhã, era ansia de descobrir aquela cidade. Ao adentrar os limites da metrópole, uma passageira anunciava: "passamos pelo Tietê". Já? Nem senti o odor fétido de suas águas. A lenda é maior do que a realidade. Parece que realmente estão tentando despoluir. Se for, está fazendo efeito. O cheiro é totalmente suportável. O rio da Marginal Pinheiros me pareceu mais fedido. Contudo, não sei como fica em dias de calor insuportável.
No caminho à rodoviária, vi muito lixo nas encostas das rodovias. Fiquei um pouco enojado da cidade, mas não me deixei levar pela primeira impressão. Tudo era muito diferente. À minha esquerda, o Tietê passava um pouco mais ao longe. Rodamos um pouco e paramos finalmente. Não eram nem 10h - horário combinado com Joici e Eber.
Desembarquei e não vi ninguém, resolvi sentar no Bobs para esperá-los. Liguei para ela, mas não atendeu. Logo retornou a ligação e disse que estava na rodoviária já. Reconheci a Joici de longe e fui a seu encontro. Quão querida ela é! Fiquei sabendo que Gustavo também estava a caminho. Sentamos a espera deles.
Eber não tardou a aparecer, com o guia Quatro Rodas Brasil debaixo do braço. Ficamos conversando sobre os últimos acontecimentos mochileiros, e eis que Gus também aparecia, tranquilo como sempre. Iríamos à Decatlon - uma super loja de esportes, que morria de vontade de conhecer (não tem em BSB). Conversamos, vimos várias coisas, aprendi outras. Terminamos a manhã no Center Norte, tomando sorvete do Mc.
O almoço seria na Avenida Paulista, com o Rafael. O boss (Eber) tinha que sair para resolver questões literárias com Verônica. Nós três voltamos à rodoviária, conferimos alguns preços de passagens para o mochilão de dezembro, e fomos pegar o metrô. O Metrô!
Meu Deus! Quando descemos do primeiro, para fazer uma conexão, tivemos até que pedir informações, porque são muitos metrôs, muitos destinos, muitas pessoas. Os metrôs são de andares! Em Brasília só tem um metrô que vai (da rodoviária à um destino) e um que volta, com apenas um ponto de conexão. Na minha cidade ainda nem chegou. Porém, chegamos sãos e salvos.
O almoço, no Bobs - mais barato -, foi muito agradável. Conversamos mais, nos conhecemos mais. Rafael é muito animado, no começo não foi uma empatia (ao menos da minha parte) 100% imediata, mas isso não duraria até o final da tarde. Demos uma volta na Av., e ele teve de voltar ao trabalho - alguém precisa!
A Avenida Paulista é gigante, bonita, moderna, cheia, aberta, diversa, receptiva... Não há nada parecido em BSB! Os enormes prédios realmente impressionam. Fnac, MASP (por fora), Parque do Trianon, feirinha, e conversa no café do McDonalds. Gus não demorou ir embora. Restamos Joici e eu.
Rafael sairia às 18h, mas acabou saindo meia hora depois. A coitada da Joici não queria arredar o pé. A chuva começava a se mostrar para mim. Encontramos o Rafa e ela pôde ir para casa. Ele estava de moto, precisaríamos esperar a chuva passar, o que só aconteceu (diminuiu bastante) às 22h. Enquanto isso, fui apresentado a uns shoppings, uma academia que custa R$300 (pago R$40, achando caro!) e ficamos no notebook dele, conversando com outros mochileiros.
Quando deu, subimos na moto e partimos. São Paulo. Noite. Trânsito lotado. Moto. Carros. Chuvisco. Estava conhecendo a cidade mesmo. No trajeto até a casa do Rafa, vi alguns lugares - cemitério, estádio, PlayCenter - e senti a emoção de ser um "motoboy". Graças a Deus não aconteceu nada! Foi uma sensação muito boa realmente!
Trocamos a moto pelo carro e fomos buscar a Tati, namorada dele, ao som de grupos espanhóis, para já ir treinando, como o El Arrebato (acho que é isso) e outros - muito legal! Ainda mais eu, que adoro música em espanhol. Voltamos para casa, comecei a procurar uns albergues para o dia seguinte, tomei um banho renovador e fui dormir.
O dia seguinte seria de muitas emoções!

Foto: Gus, minha mochila e Joici

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

SP - Quinta-Feira (06/11)

O começo do dia foi como qualquer outro. Fui para a universidade, mas a aula acabou mais cedo, pois não houve uma apresentação de um grupo. Almocei e fui para o estágio. Saí às 17h, depois de uma tarde cheia, com o propósito de ter tempo suficiente para me arrumar e ir para a rodoferroviária.
Assim que cheguei em casa, arrumei o que faltava na minha mochila – lanches e outras coisas que minha mãe havia comprado no almoço –, que acabou ficando um pouquinho pesada para o tanto de coisa que levava (deve ter ficado perto dos 5 kg, mas só levava dois pares de roupas e outras “cositas más”).
Enquanto fazia a barba e tomava banho, meu pai voltava de Brasília para me pegar e voltarmos para lá. Ele passou a tarde toda tentando conseguir uma passagem de avião para eu voltar de São Paulo. Eu só queria se ele conseguisse promoção de uns R$150. Ele comprou, quando vi o papel estava R$300, mas ele disse que tinha conseguido desconto. Hoje sei que custou mais de R$200. Se eu soubesse não tinha deixado, mas a passagem já estava comprada. Era só aproveitar agora.
Quando ele chegou (atrasado), ainda fomos onde minha mãe trabalha, para eu pegar uns documentos e me despedir dela – no almoço tinha me despedido da minha avó, e no sábado do resto da família. Tudo muito rápido, às 18h05 estávamos saindo do Gama. O ônibus partia às 18h30, e são uns 35 km de distância.
Chegamos correndo, às 18h25(!), comprei mais uma água e um salgadinho para trocar o dinheiro e embarquei. A despedida foi rápida. Melhor assim, não gosto delas, são muito tristes, prefiro um abraço rápido, um “vai com Deus. E até logo!”. Virar as costas e não olhar para trás. Foi mais ou menos assim.
O ônibus da Real Expresso (R$136 – 15h30 de viagem) partiu às 18h38.
A noite foi longa. Às 19h já estava escuro, então não dava mais para ler. Era olhar para a janela, cochilar ou ouvir música. Comecei olhando o tempo passar. Depois comi um pouco. Ouvi música. O ônibus parou em Valparaíso – Goiás, mas ninguém embarcou. E fomos indo. Como não tinha nada para fazer, tentei dormir. Até o sol amanhecer, foram só tentativas.
Rodamos, rodamos, rodamos. Paramos em Catalão, devia ser umas 23h, e começou a cair uma forte chuva. Minutos depois partimos. Em alguma cidade trocamos de motorista (era Uta... alguma coisa, acho eu). Devemos ter feito umas quatro paradas durante a noite toda. Mal dormi. Cochilava. Tentava dormir de lado, mas como era um ônibus convencional, não abaixava de todo, e os pés ficavam para baixo, o que para mim foi o pior.
Por volta das 9h50, eu chegava na Rodoviária do Tietê, em São Paulo.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ai ai.. ai ai ai ai ai... Está chegando a hora...

Amanhã, por volta das 10h, estarei chegando em São Paulo!

Não vejo a hora...
Não sei nem o que escrever...

Vou tentar postar algo de lá mesmo, mas caso não dê, na volta saberão de tudo!!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

1ª Passo

Na sexta-feira estarei desembarcando em São Paulo para viver uma experiência inesquecível.
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1ª viagem de ônibus
1ª viagem sozinho
1ª vez que conhecerei pessoalmente amigos da internet!
1ª vez que verei um show da Kylie Minogue!

1° passo para o mochilão!

Voltarei na segunda-feira e começarei a postar sobre como foram os meus dias e aventuras naquele lugar, com aquelas pessoas maravilhosas!

E sim... irei ver The Princess Kylie Minogue!!!
Come, come, come into my world
Won't you lift me up, up, high upon your love
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Assista ao clipe In my Arms:

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E como diria The Queen Madonna: Time goes by so slowly for those who wait...

sábado, 1 de novembro de 2008

Notes of my Life

Olá, estou meio sumido porque ando com muitos projetos para conciliar:

1 - estou fazendo a cobertura do 10° Festival Internacional de Brasília e postando no blog Olho que Tudo Filma. De manhã na universidade, de tarde no estágio e de noite no festival, que está acontecendo do outro lado de Brasília. Então dependo de carona. Quem quiser ficar sabendo o que acontece e ler críticas dos filmes concorrentes, basta entrar no link.

2 - comecei a fazer academia, faltando menos de dois meses para mochilar. Ia ficar fazendo caminhadas, mas a pista de cooper é bem longe, então acabei ficando na academia perto de casa. Até que estou gostando, achei que não iria. O único problema são meus braços que andam doendo... Sempre que tenho um tempo livre vou lá gastar a grana que pago.

3 - e preparo-me para ir conhecer São Paulo e minha família mochileira na próxima sexta-feira. Falta menos de uma semana! No meio da semana darei detalhes do que acontecerá nesse fim de semana histórico! Aguardem...
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Ahh.. ganhei um porta-dólares, um apito e uma espécie de carteira para passaporte... a dúvida é: tiro passaporte? - Obrigado vó e tio!

Ansioso... Cansado... Sem tempo... Contando os dias...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O relato da saga por um ingresso

Não posso dizer que sou um fanático pela cantora Madonna, nem mesmo um fã, acredito eu. Dizer que gosto dela, em contrapartida, soa muito pouco e superficial. Posso afirmar que sou um Grande Admirador do seu trabalho e de sua pessoa.
Conheci-a mesmo no ano de 2005, quando lançou o CD Confessions on a Dance Floor. Não me esqueço do dia em que ouvi a música que despertou essa atração em mim por ela. Sabia que Madonna era famosa, bem reconhecida, já havia ouvido algumas coisas, mas nada demais. Quando vi que lançara o novo CD e que uma música sua estava no topo das paradas – Hung Up -, resolvi baixar e ver se era tão bom assim.
É bom ressaltar que sempre tive uma criação televisiva e não musical. A música entrou na minha vida mais por influência da minha amiga Angélica, no 1° ano do Ensino Médio. A partir de então, trilhei minha particular história musical.
O dia era atípico, estava no computador há algumas horas, já meio estafado mentalmente, e o download acabara de terminar. A tarde aos poucos se tornava noite, e uma escuridão começava a entrar o quarto. Quando ouço a música pela primeira vez algo mexe dentro de mim. Achei um pouco estranha, muito diferente de tudo o que tinha ouvido. Assumo que não a considerei a “melhor música da minha vida” na primeira audição, mas esse momento nunca saiu da minha memória.
Desde então venho acompanhando o trabalho dela, mas só nesse último ano minha relação de proximidade aumentou. Passei a ler o site Madonna Online sempre que possível (quase todo dia) e me inteirar sobre sua carreira (o que perdi em todos esses anos) e sua vida.
As notícias de que ela viria ao Brasil me deixaram super animado e ansioso. Quando foi confirmado, no dia 19 de agosto, comecei a imaginar todo o show na minha cabeça. O CD Hard Candy é muito bom e, como ela sempre se supera, um espetáculo melhor que o Confessions Tour seria absolutamente perfeito. Sticky & Sweet Tour – seria meu primeiro show da Madonna?

É aí que a saga começa e é preciso numerá-la para mostrar o tanto que a luta foi feia:

1 – Dia 20 de agosto – fiz um cadastro, assim que ficou disponível no site da Tickets for F*** (era Fun, mas não teve nada funny), que teoricamente serviria para facilitar a venda dos ingressos. Descobriu-se depois que não servia para coisa alguma.

2 – Dia 03 de setembro – assim que o dia 02 virou 03, começou a venda de ingressos para os shows de São Paulo e minha luta para conseguir um lugarzinho ao sol (e à lua) no Morumbi. O show do dia 18 (ideal para mim) só podia ser comprado por cartões Bradesco ou American Express, que não consegui de jeito nenhum, ninguém tinha. Mas para felicidade geral, o show do dia 20 poderia ser com qualquer cartão. Fiquei acordado até as 3h sem conseguir sair da mesma página no site, completamente congestionada. Resolvi dormir, ninguém no Orkut estava conseguindo comprar, muito menos o tão desejado VIP. Às 6h levantei de novo, com o propósito de tentar comprar de novo no site e esperar o Center Call funcionar às 8h. Depois fiquei sabendo que às 6h já funcionava e ninguém havia sido informado. Não fui para a aula, perdi meu tempo e a minha noite, me estressei, e não consegui absolutamente nada. Fiquei muito frustrado.

3 – Dia 14 de setembro – depois de a esperança ter sido reacendida durante esse período pelo fato de ter sido incluído mais um show (no dia 21 de dezembro), a luta recomeçava às doze badaladas. Com o Center Call funcionando de madrugada e várias pessoas com seus ingressos, conseguir falar foi bem mais fácil. Aproximadamente 1h20 fui atendido. Na loucura da hora, consegui uma proeza! Assim que a vendedora atendeu, perguntei se tinha Meia Pista, porque VIP tinha acabado (em menos de 1h30!), e ela disse que sim. Continuamos conversando até começar a fazer a compra. Subentendi que ela estava comprando meia e como não estava com o site aberto para confirmar os valores, fechei a compra. Pista Inteira! Quando olhei no site já era tarde, e bem que achei o valor meio alto para Meia Pista. O que fiz? Liguei de novo, rapidinho fui atendido, e comprei finalmente a Meia Pista. Tudo com o cartão do meu tio.

4 – Dia 19 de setembro – eu tinha sete dias úteis para cancelar a compra da inteira. Depois de uma semana ficando no mínimo 30 minutos no telefone (interurbano, deixe-se claro) sem ser atendido, na sexta consegui cancelar a inteira. Meu tio teria o valor restituído no seu cartão em 30 dias!

5 – Dia 30 de setembro (mais ou menos, só sei que era terça-feira) recebo uma ligação da Tickets For F***. A vendedora dizia que o cartão do meu tio não tinha passado a meia, pois assim que a inteira foi debitada, estourou o limite do cartão. Ela disse que meu ingresso estaria reservado e que era pra eu ligar no dia seguinte para ver se comprava com outro cartão. Como não consegui nenhum, não liguei. Fiquei esperando o valor ser restituído ao cartão e meu tio pagar a fatura. Só me restava ter paciência!

6 – Dia 21 de outubro (terça-feira) meu tio pagou a fatura e o dinheiro havia sido restituído na sexta-feira anterior, ou seja, praticamente os 30 dias. Poderia, enfim, comprar a meia! Liguei na empresa e depois de uns 40 minutos fui atendido. A funcionária me informou que não tinha ingresso reservado. “Como assim?” Tudo bem, pode ser porque não liguei no dia que a outra mulher pediu, ou porque demorou muito. “Tem outros ingressos?”. A resposta foi positiva. Alívio! Na imprensa tudo dava como esgotado. Porém, ela não poderia fazer a compra, tinha que ser outra repartição. Lá vai mais 40 minutos. Perdendo o trabalho, diga-se de passagem. Depois de quase 2h ao telefone (interurbano, reitero), desisti e fui trabalhar. Eram 3h30 quando cheguei ao estágio, meu horário de entrar é às 2h.

7 – Dia 22 de outubro – lá ia eu ligar de novo, quando vi que no site da Ticket Master começou a vender também. Resolvi comprar por lá, mais prático. Meu tio estava em casa e compramos. Para escolher a forma de entrega, eles pediam o CEP para ver as maneiras disponíveis para a localidade. Apareceu Will Call (oito reais) e Sedex (26 reais). Óbvio que escolhi a mais barata. Entretanto, depois da compra fechada, fui ver escrito: “Will Call – retirada na bilheteria”. Não é possível! Fiz burrice mais uma vez! Mas como aparece a bilheteria (em São Paulo) disponível se eu moro em Brasília? Mas estavam entregando nas lojas Renner daqui... Tive que ligar mais uma vez... 30 minutos depois me atendem e me informam que realmente podia pegar nas Renner. Graças a Deus! Que alívio! Quase morro do coração! Mas havia outros poréns. 1 - "Prazo: 1 dias" – não é possível que seja só um dia! E não era! 2 - Recebo o email de confirmação com o nome “Eduardo Mendes de Oliveira” e o nome do meu tio é “Eduardo da Silva Mendes”. Outra burrice na hora da compra! Quando fui trocar meu nome pelo dele, mudei errado e nem ele, nem eu vimos. Será que realmente poderia retirar o ingresso na Renner? Do jeito que a minha sorte anda de greve... Será que esse "1 dias" tem importância? No site dizia que era até 1h antes do show... Será que o nome errado do meu tio iria prejudicar algo? Só Deus saberia!

8 – Dia 23 de outubro – meu tio vai buscar o ingresso e... Adivinha? Deu certo!!!!!!!! Aleluia! Depois de um mês e 20 dias finalmente consegui comprar meu ingresso para o show da Diva Queen Madonna! Que felicidade!

Deus é realmente perfeito! Apesar de achar que Ele não queria muito que eu fosse para esse show, Ele é misericordioso, e se algo tem que ser feito, que seja bem feito! Não poderia ser melhor! (Bem, um VIP não cairia mal, mas nada de cuspir no prato!).
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Agradecimento especial: ao meu tio Eduardo Mendes, por ajudar o sobrinho a realizar um sonho!


Madonna na Sticky & Sweet Tour - Brasil? Estarei lá!

domingo, 26 de outubro de 2008

Minha Família Mochileira (5/5)

Para começar, deixe-me explicar: eu dei uma breve pausa nos relatos de Minha Família Mochileira para postar o último texto hoje (27), por ser o dia do 1° Aniversário da Comunidade Eber, quero fazer um mochilão. Confundiram-me com as datas, mas este é o dia correto.
Meu objetivo seria escrever algo bonito, tocante, que fizesse todos os membros da comunidade que lessem chorar e etc., mas sei que não terei palavras suficientes para tal, então, abaixo vocês lerão mais um texto sobre essa família que escolhi para mim.

Irmãos Mochileiros

Parece que certas coisas são pré-destinadas. Vejo a nossa vida como um mundo de duas escolhas: “Sim” ou “Não”. A cada porta que você passa surgem mais duas outras com a mesma pergunta, e cada uma te leva a um lugar específico. Você escolhe a porta, mas o que está atrás dela, por mais que você tenha uma idéia, nunca saberá com certeza a não ser que entre. O que tem lá está pré-destinado. Depende apenas você fazer a escolha certa.
Pude escolher entrar no site da CI. Pude escolher ler os relatos de mochilões. Pude escolher deixar um comentário para o Eber. Ele pôde escolher participar do concurso. Ele pôde escolher criar o blog. Ele pôde escolher criar a comunidade. Eu pude escolher entrar na comunidade... E por aí vai... Um monte de escolhas, algumas acertadas, outras não tanto, mas não por isso menos importantes.
Em algum momento da minha vida escolhi uma porta que fez com que não fosse possível realizar o meu mochilão em janeiro de 2008. Deus sabe o que me esperava. Não lamento o que perdi, comemoro o que ganhei. E sem dúvida alguma, ter entrado na comunidade do Eber foi uma das escolhas mais acertadas que fiz na vida.
Nem é preciso falar mais do Eber. O quanto ele é importante na minha história, querendo ou não. Ele indiretamente é meu mentor, meu Mestre. Agradeço a Deus por tê-lo posto em meu caminho. Aprendi uma nova filosofia de vida que mudou o que sou. Tornei-me uma pessoa melhor. Ainda tenho muito que aprender, muito que vencer, muito que mudar, mas o primeiro passo já dei, e é seguindo os rastros deixados pelo Boss, mesmo sem ele saber, que cheguei aonde estou.
Em nenhuma outra comunidade me senti tão bem acolhido. Nenhuma outra comunidade é tão receptiva quanto essa, e é por isso que a amo cada vez mais. É comum deixar um comentário em outra comunidade e me arrepender. As pessoas adoram chegar com propriedade – o que eu odeio. Totalmente diferente do que encontro quando entro pela primeira ou milésima vez no dia para ver as mensagens na comunidade.
O Cidylan foi um dos primeiros a me receber, se não me engano (vocês perceberão que minha memória não é muito desenvolvida), e ele é uma pessoa boa como não muitos são. Quer sempre ajudar, dar uma mão no quer for preciso, e sabe acolher um novo mochileiro como poucos. Sem dúvida uma recepção como a dele faz as pessoas se interessarem na hora.
Esse sentimento de compaixão talvez possa definir o relacionamento dos mochileiros. Pessoas prestativas, atenciosas, dispostas a compartilhar o que sabem, absorver o que puderem, dividir experiências, dar boas gargalhadas, pôr a disposição um ombro amigo, fazer tudo isso ao mesmo tempo, ou apenas dizer: “Oie. Tenham um bom dia!”. Isso é amor de verdade... Não tem olhos, não tem ouvidos, nem nariz... Apenas sentir o coração do próximo... Já diziam: “Um verdadeiro amigo é quem pega a tua mão e toca teu coração!”.
Não há inveja, nem rancor, nem ódio. A vitória de um é a vitória de todos! Quem não exultou de alegria ao saber que o Rafael ganhou uma viagem para a Índia? Quem não comemora o fato do Eber cada vez mais conseguir levar o Mochilão Sem Fronteiras para o topo – entrevistas, livros, palestras...? Quem não fica feliz quando um novo membro, como o Ale entra, e já faz a festa (e deixa de ser novo logo)? Pode-se dizer que somos um!
Como toda família, há seus momentos de acerto dos ponteiros, há respeito às diferenças (e admiração também). Por mais que uns estejam sem estar, ou passem sem ficar, os momentos não são apagados da memória, e todos têm seus nomes escritos na tábua de carne de cada um. Parece o país das maravilhas não é? Esse guri só pode estar inventando, ou é muito inocente para não ver a verdade... Engano seu!
Eu desafio qualquer um a entrar naquela comunidade. Com certeza vai se apaixonar rapidamente e não vai querer sair mais. Vai ficar como todos: viciados! Ficando até altas horas da madrugada nos diversos chats feitos em todo tópico, ou no site do amigo secreto, ou no MSN, ou no telefone... Se a pessoa não gostar, me desculpe, preciso ser sincero: O problema é a pessoa! Porque por mais que não goste de mochilar, o calor humano é um só, e a amizade e o amor são reconhecidos independente de qualquer coisa. Se você não gosta de um, é preciso analisar a situação. Mas se você não gosta de nenhum, é bem provável que você seja o problema!
Quem não se sente sortudo e feliz ao estar do lado da super mega máster Promoter que o Orkut já teve - Joici? Existe pessoa mais doadora, carinhosa do que ela? Quem não fica louco com os bate-papos extensos, nada conotativos, com quinze pessoas simultaneamente (no mínimo)...? Como diria a Fer, “o Tico não acompanha o Teco”! Quem não quer descobrir quem é a Nazaré Tedesco, a Raposa Felpuda, ou a Amy? Até hoje estão procurando o Preciousssss. E o Capitão Planeta tenta botar ordem no negócio, mas é complicado... A vida na comunidade é realmente agitada!
Não vou nem começar a citar nomes de cada um, porque seria injusto não poder falar de alguns por não ter tido tanto contato assim. Mas o que posso dizer é que cada mochileiro, com seu jeito, com sua história de vida, qualidades, palhaçadas, maluquices e sonhos, tem sua participação na formação da Melhor Comunidade do Orkut. Se houvesse uma premiação para esse tipo de coisa, venceríamos de disparada.
Esse foi apenas um ano. Um ano de vitória, de conquistas e conquistados, de aprendizagem e convivência, de dar e receber. Um ano de reconhecer amigos e cultivá-los. Um ano de encontrar irmãos, que a distância e o tempo acabaram separando, mas que por pré-destinação acabaram se encontrando. Fizeram a escolha de entrar em mais uma comunidade do Orkut e acabaram encontrando uma família. A Família Mochileira. A Minha Família Mochileira. E que pode ser sua também, basta você tomar a decisão de clicar em “Participar”. Vejo-te na comunidade! E que possamos aprender, juntos, muitas coisas nesse longo caminho!

“A felicidade só é verdade quando compartilhada”. (Christopher McCandless - Na Natureza Selvagem)

Eis a Família Mochileira...

Parceiros da Comunidade

Abaixo o vídeo de um dos últimos orkontros que aconteceram...

Destaques: Eber e Verônica (por serem os mentores da galera e pelos vários relatos), Luciana de Melo, Vala e Rafael (pelas histórias no blog) e Joici (por ser a melhor promoter que existe).
Figurinhas Fáceis: Lucia, Greice, Lucas, Cidylan, Andreh, Vana, M.E.L., Caio, Katia, Jefferson, Clau, Fernas, Isa, Rafael Virgílio, Bruno (eu), Allan, Márcio, Márcia, Ju, Duds, Fer, Gustavo, Angélica, Manu, Croft, Silvia, Renato, Alê Barman, Alê, Shell, Fátima, Camila, Tati, Douglas, Mell, Feinandinha (apesar de nem todos estarem próximos ou participando dos orkontros, como é o meu caso, estamos sempre na comunidade fazendo a festa).
Turistas: Lucas Niero, Raíssa, Tanure, Helinho, Silvana, Cleides, Didu, Shinabe, André, Filipe Takatohi, Marcos, Denise, Nina, Xadrez, Rafa Jayms, Chris (como quem é vivo sempre aparece, esses acabam dando o ar de sua graça, seja nos orkontros ou na comunidade).
Peças Raras: Ana Carol, Daniel Daneluz, Diogo, Marcelo, Ulisses, Shirlei, Felipe Jaloretto, Livia Pontes, Julia, Kevin Lin, Luciana Martins (esses são mais difícies de serem encontrados, mas também fazem parte da turma).
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Perdoem-me se esqueci alguém, e avisem-me para eu incluir...
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Perto ou longe, presente ou não (porque muitos fazem parte da comunidade, apesar de nem sempre se apresentarem efetivamente), citado ou não... Todos formam essa família da qual tanto me orgulho! Uns tenho mais contato, outros ainda não tive a oportunidade nem de conversar, mas se são amigos dos meus amigos, são meus amigos também!
Eis a Família Mochileira... Minha Família Mochileira!
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Não seria a mesma coisa se não fossem por vocês!

sábado, 25 de outubro de 2008

Ousadia

Interrompo a sequência de posts sobre Minha Família Mochileira para poder mostrar um pouco desse espírito mochileiro que há dentro de cada um que faz parte desse universo. Ousadia é o que é preciso para quebrar as amarras do mundo superficial, se libertar, e caminhar em direção ao verdadeiro mundo!
By: Eber Guny

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Minha Família Mochileira (4/5)

Blog Mochilão Sem Fronteiras

Pouco tempo antes de do Eber, Lucas e Clau partirem em direção à Patagônia, o blog Mochilão Sem Fronteiras entrou no ar. Foi lá que acompanhei toda essa nova aventura, além do blog do Lucas, hoje desativado. Mais um amontoado de adrenalina e aventura fez parte da minha rotina.
Clau quase não mochila. Cataratas do Iguaçu. Tardes tomando sorvete em San Telmo. Samba no Caminito. Eber e Clau dançando tango. Noite assustadora em Punta Arenas. “Seria um tornado?”. Israelenses. Torres del Paine. Circuito W. Chocolate como prêmio. “Até eu quero!”. Lucas e seu joelho. Clau não muito bem por um período. Big Ice. Gelo glaciar com whisky. Enfim, they were the champions!
Quando voltaram, conheci também a Clau e o Lucas. Depois disso, a família só foi crescendo e crescendo. Cada vez mais, pessoas magníficas se juntaram à melhor comunidade do Orkut. Isso é unânime entre quem está lá.
Programações de próximos mochilões são o que não falta. E se não tem pra onde você vai, todos te ajudam a montar um roteiro maneiro. Todos estão de braços abertos para acolher os aventureiros, seja um iniciado ou um iniciando. Valendo-se do clichê: É como coração de mãe, sempre cabe mais um!
Orkontros estão para ser estabelecidos como semanais. Quem mora em São Paulo ou estados arredores sempre que tem uma oportunidade correm para um bar, a casa da Verônica ou da Joici, para uma trilha ou rua da cidade, e fazem uma festa. Infelizmente nunca pude estar presente - moro no DF, lembra? Mas eles divertem-se, riem, choram (de rir) e tudo o que um ser humano deveria fazer: Livin’ la vida loca!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Minha Família Mochileira (3/5)

Eber, Quero Fazer um Mochilão
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Quando o sentido de realidade voltou e a saudade dos relatos apertou, vejo que The Boss fez uma comunidade no Orkut: Eber, quero fazer um mochilão. Passei lá algumas vezes, mas não tinha o costume. Se não me engano fiquei um período sem internet também. Uns seis meses depois, quando finalmente comecei a participar ativamente da comunidade: “Cadê o Eber?”. Descobri que estava em um mochilão pela América do Sul. “Como assim?”. Quis ME bater.
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Sobre o semestre entre os dois mochilões:
Depois de “viver” tudo aquilo com o Mestre, não podia levar a mesma vida que levava. Eu não tinha um objetivo de vida. Bem, queria me formar e ter uma vida boa, normal. Nunca fui de viajar. Não conhecia propriamente o mochilão. Vi algo sobre o concurso que o Eber venceu no site da CI, mas não dei muita importância naquela época. A minha única vontade era ir para a Argentina fazer um cursinho, porque iria terminar o curso de espanhol no final do ano. Quando li o Diário de Bordo mudei totalmente de caminho. Queria mochilar!
Então comecei a programar meu mochilão. Fiz o roteiro. Pesquisei muito sobre a Argentina, Paraguai e Uruguai. Tudo certo. Só faltava a grana: R$3.000 (nos meus cálculos nada econômicos e mochileiros). Não consegui estágio nesse semestre. Não mochilei. Frustrei-me e fiquei decepcionado.
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Quando vejo na comunidade, o Eber estava lá! E outra: gastando R$1.600! Por um segundo senti inveja “branca”. Mas já estava conformado e tinha entendido o propósito de Deus na minha vida.
Enquanto o Eber mochilava com mais dois amigos que conheceu através da comunidade: a Clau e o Lucas – ambos principiantes; eu fui conversando com algumas pessoas. Acho que o Cidylan foi um dos primeiros. Agradeço pela receptividade.
Foi um caminho sem volta. Envolvimento total. É impossível passar um dia sem entrar na comunidade e conversar com todos que ali estão.
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"E vamos que vamos". (Eber)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Minha Família Mochileira (2/5)

Diário Mágico

Durante os relatos do seu segundo mochilão, dessa vez pelo Reino Unido, postados no site do Centro de Intercâmbio (Diário de Bordo CI), após vencer um concurso, uma transformação foi acontecendo na minha vida. Nunca mais veria as coisas da mesma forma.
Os primeiros posts falam da experiência pessoal do Eber até então, suas experiências passadas e lições já adquiridas. Começa-se a conhecer quem é essa pessoa sortuda e louca. Nem é preciso falar o porquê do 'sortuda'. “Acho que eu, Bruno, já ganhei alguma vasilhinha nos bingos da família!”. 'Louca', porque quem vai pra outro país com pouco dinheiro, ficar em albergues com mendigos ("Albergue é isso, né?". Claro que não, Bruno!), falar outra língua, sozinho ("Que absurdo! Como dá conta?")... Foram esses meus primeiros pensamentos. Sortudo? Sim! Louco? Sim... Louco por viver!
Quando você começa a se interessar pelo assunto, Eber vem com vários posts com dicas, explicações e ensinamentos sobre mochilão. Impossível não querer largar tudo e ir mochilar. Agora mesmo de preferência! Contudo, você se segura. As questões sociais e econômicas respigam um pouco de água fria, dá uma controlada, mas a chama no peito continua acessa. E aí o Mestre começa a contar os 'causos' do seu caminho pela terra do Sir.
Quatro dias após o primeiro comentário no diário de bordo, ele manda as primeiras notícias de Londres. A partir daí, um jorrar de sensações e aventuras.
London Eye e a família africana. Ver o Quarteto Fantástico na rua! Eber questiona: “Quem é Jéssica Alba?”. E eu no Gama: "Como assim não sabe?". Palácio de Buckingham e a guarda. A australiana (Humm). White Cliffs. Madame Tussauds. Até hoje acho que o Brad Pitt e a Angelina são de verdade! Eber na capa dos Beatles! Porto sem Titanic. Stonehenge, onde o Eber fez o primeiro contato extraterrestre (ele só não contou!). País de Gales. Robin Hood. Dando uma canja com um novo amigo nas ruas de York: “Um dia o medo dará lugar ao coração valente e então seremos livres. Seremos livres para acreditar que vale a pena continuar acreditando na vida”. O lindíssimo Distrito dos Lagos - amei. Liverpool. Ashley and Kris. Irlanda e a casa do Bono Vox! (Só faltou um cafezinho com o U2!). Escócia e o famoso kilt (Eber de saia deixa qualquer mulher animada!). Highlands. E o ponto alto literalmente para o mochileiro: a trilha em Sligachan.
Tudo bem que não ganhei o sorteio do mascote ou da camisa do mochilão, mas fiquei feliz. Só tenho a agradecer pelos momentos que também fiz meus. Pelas alegrias, emoções, aprendizado e cultura adquiridos durante esse mês que foi de puro deleite e anseio: “Quando sairá o novo post do Eber?”. Momentos que ficarão na minha memória e que ficaram gravados na alma do Mestre. Obrigado por compartilhar sua vida com todos os leitores que te admiram, Boss.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Minha Família Mochileira (1/5)

Em comemoração ao aniversário da Melhor Comunidade do Orkut, nos próximos cinco dias estarei postando a história de minha relação com ela. Tudo tem um começo, e assim foi:

Encontro com o Mestre

Dia 06 de junho de 2007. Um site de intercâmbio. Um mochileiro sem fronteiras. O comentário mais bem acertado de toda minha vida. Treze semanas, seis das quais acompanhei. Conquista alheia que me conquistou. Viajar pela história do próximo. Aprendizagem. Alargamento de mente e espírito. Destruição das paredes, barreiras e muros. Inspiração. Começo de uma nova era, uma nova vida. Um novo caminho.
Eis que surgiu uma nova criatura – o Bruno mochileiro. Ser adormecido, esquecido ou ignorado até aquele momento, mas que ressurgiu com força total. Tudo por causa do testemunho de uma pessoa – o mestre, o chefe, The Boss: Eber Guny. Um exemplo a ser seguido. “Quando crescer quero ser como ele!” Tudo bem que minha mãe no começo não gostava muito desse tal alguém que indiretamente fez o filhinho dela querer seguir por caminhos inexplorados, selvagens e desconhecidos até então. Mas, falemos sério: quem no final não se rende, mesmo que respeitosamente, a esse espírito aventureiro - ao espírito o mochileiro?
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"O que se leva da vida é a vida que se leva..."

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Caminho Rumo à Natureza Selvagem

Havia visto esse filme quando estreiou no cinema, mas por causa de um trabalho da universidade resolvi vê-lo novamente e fazer a crítica que segue abaixo. Espero que gostem!
“Não que eu ame menos o homem, mas amo mais a natureza”. Esse trecho que inicia o filme faz parte de um dos poemas do britânico Lord Byron, e indica o que se verá nas próximas mais de duas horas de exibição: uma torrente seqüência de paisagens exuberantes, que enchem os olhos do espectador com os pequenos e belos detalhes da natureza, ainda selvagem ao homem metropolitano.
Não menosprezando outros aspectos do filme, mas as imagens são o que mais impressiona, com planos que sabem valorizar e explorar as magníficas locações no Alasca e parte oeste dos Estados Unidos. Após uma rápida ação perturbadora dos pais do protagonista Christopher McCandless, é a imensidão branca que preenche a tela, a natureza passa de cenário à personagem ao longo do filme, e é ela que por vezes está em destaque. Em muitas outras cenas, mesmo com o foco nos personagens ou ações, um pedacinho do paraíso aparece em primeiro plano, como moldura de uma história dramática e instigante.
Alexander Supertramp (Superandarilho), conhecido na civilização como Christopher Johnson McCandless, foi um rapaz que teve tudo para ser bem sucedido na vida – tinha uma família bem abastada, era graduado –, contudo, por causa do seu idealismo, incentivado pela leitura de escritores como Jack London, Leo Tolstoi e Henry Thoreau, resolveu abandonar a “doente sociedade”, cheia de pessoas materialistas vazias que vivem uma vida de mentira, para ir em busca de um encontro consigo mesmo, livre de todas as amarras capitalistas – quebrou cartões de crédito, queimou dinheiro, destruiu documentos e doou seu dinheiro à caridade. Ele não queria nada de sobra, ele queria o suficiente. "Coisas, coisas, coisas, coisas". Não haviam mais coisas para este andarilho extremista, “um viajante esteta cujo lar é a estrada”.
Finalmente liberto, ele segue seu caminho rumo à natureza selvagem – o Alasca. Por dois anos esteve sem telefone, carro, piscina e um itinerário fixo, vivendo a custa de bicos e doações, locomovendo-se por meio de caronas ou até descendo ilegalmente as turbulentas corredeiras de um rio em um caiaque.
O companheirismo e a ajuda mútua, independente de situação financeira ou social, também é uma lição apreendida no longa. Todos têm ensinamentos, algo a transmitir, marcas a deixar em quem pelo caminho encontrar. Diferente do relacionamento com a própria família, que sem dúvidas foi uma das causas de tal rebelião contra a sociedade americana, com exceção da fiel e compreensiva irmã, Chris ficou todo o tempo sem manter contato algum, e criou laços significativos com pessoas que o ajudaram no caminho. Ele deixou seus pais para ser "filho" ou "neto" de outros, além de um rápido envolvimento amoroso.
Estava tão selvagem, que os encontros com a civilização eram contrastantes. Chegou a ser praticamente mendigo, procurar abrigo em albergues e não seguir “estúpidas regras” sociais. Tornou-se periférico. Era tão contrário à sociedade esbanjadora que não conseguia se adaptar. Certo momento, na cidade grande, se imaginou caso não tivesse optado pelo vida que estava levando, e não conseguiu se suportar.
Depois de cem dias totalmente selvagens no Alasca, ele havia sobrevivido. Porém não da forma como gostaria. Chris se encontrava no limite entre a fé e o desespero. Uma série de falhas o havia levado ao pior estado imaginável por ele até então: sozinho à beira da morte.
Para começar, depois de ter encontrado o “ônibus mágico” e ter se estabelecido em uma rotina, caçando para sobreviver e criando sua própria “civilização”, ele havia ignorado que a natureza está em constante mudança e que as estações trazem consigo novas adaptações. Quando enfim decide voltar à sua vida urbana, o lânguido riacho pelo qual havia cruzado no inverno, na primavera estava intransponível, tornara-se um caudaloso rio. E para completar, na insensatez do surto pela falta de alimento, por engano, acabou comendo uma frutinha venenosa que causa inanição. A morte batia à porta do ônibus-abrigo.
Quem leu o livro biográfico de 1996, Into The Wild (nome original do filme), escrito por Jon Krakauer (autor de outros livros selvagens, como No Ar Rarefeito), sabe que fim dramático McCandless teve, e o filme soube mostrá-lo com sensibilidade e força. “Eu fui literalmente aprisionado pela natureza”, segundo suas palavras. Depois de tanto fugir das pessoas em busca da solidão, arrepende-se, e lamenta o fato de não ter tido com quem dividir aqueles momentos.
O filme, narrado pela personagem que representa a irmã, Carine, é bem editado, não é à toa que concorreu ao Oscar de Melhor Edição (Jay Cassidy). Com momentos “diário de McCandless”, interessantes por sinal, o filme não agrada muito pela capitulação das fases pelas quais o protagonista passa, desde seu "nascimento" até se tornar sábio.
A narrativa, diferente da maioria dos filmes hollywoodianos, é mais lenta, o que pode aparentar monotonia aos dispersos, quando na verdade caminha pela sutileza. Contudo, o fato de não explorar as grandes ações é errôneo, já que desperdiça uma grande cena, como a da inundação de uma área onde Chris iria pernoitar, o que causa a perda do seu carro.
O maior pecado, no entanto, é o descambo para a nudez, totalmente desnecessária para o roteiro, como a maioria dos filmes que não podem perder a oportunidade de mostrar uns seios ou até mesmo a genitália masculina, como nesse caso também, para chamar mais a atenção do público. Se servir de contrapartida, essas cenas foram rápidas e não de todo vulgares.
A trilha sonora de Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam em seu primeiro trabalho solo, é excelente e tem uma ligação umbilical com o filme. No Globo de Ouro, inclusive, o filme concorreu à Melhor Trilha Sonora e ganhou como Melhor Canção por "Guaranteed".
As referências são muito significativas e quem vê o filme sai com vontade de ler todos os autores citados. As interpretações atingem a essência. Hal Holbrook, um simpático senhor que aparece no caminho de Chris, concorreu como Melhor Ator Coadjuvante no Oscar.
Sean Penn, que dirigiu, produziu e fez o roteiro do filme, depois de uma espera de dez anos, conseguiu fazer um trabalho muito bom e impactante. Emile Hirsch, que teve de perder 18 quilos para encarnar o personagem, conseguiu transmitir que existem coisas mais importantes pelas quais se viver do que o dinheiro, muitas vezes entronizado como determinador do sucesso ou fracasso.
É impossível traduzir em palavras o motivo de tal irracional consciente atitude. Ninguém que o ouvisse entenderia, e o julgamento seria inevitável. Todavia, McCandless cria uma cumplicidade com o público, que não precisa ser explicada, basta ver através de seu olhar, tantas vezes valorizado de forma inteligente e subjetiva. É como se o público soubesse o que se passa naquela mente.
O protagonista é realmente alguém inquieto interiormente. Nas cenas em que aparece, a imagem é sempre movimentada, em contraste com as cenas onde a paisagem impera e o panorama estático traduz a tranqüila e astuciosa natureza.
Tudo tem seu limite. McCandless foi aconselhado que era um erro ir fundo demais, mas o instinto falou mais alto. Ele buscou humanidade na natureza selvagem. A linha que divide coragem e loucura, no caso dele, foi muito tênue, e ele se valeu de um pouco dos dois para chegar onde chegou. Às vezes, meio imprudente, ou totalmente, mas de uma bravura, grandeza e espírito magníficos. Ao menos uma vez na vida, todo ser humano devia se permitir usufruir dessa liberdade mágica, na natureza selvagem. "Aonde você vai? Já disse. A lugar nenhum!".

"E não se esqueça, se quer algo na vida, vá atrás e pegue!



Into The Wild Official Website

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Primeiras Conquistas

Depois de argumentar o motivo de ter criado mais um rumo nessa lotada blogosfera (mas com suas particularidades, espero), quero pular a parte histórica até então, ao menos por enquanto, e falar sobre as primeiras conquistas alcançadas em relação ao mochilão, já que falta menos de dois meses para a data do embarque (caso não tenha reparado, o minúsculo primeiro post foi no dia 15 de outubro).

Primeiros itens do mochilão (praticamente):
Para quem não sabe tenho 18 anos (quase 19!) e me sinto injustiçado no mês de outubro. Deixe-me explicar. Como um adolescente do sexo masculino, nesse mês, em particular, sinto-me muito renegado. As crianças ganham presentes, enquanto nós, jovens, por não haver o Dia do Adolescente, temos que tirar uma data comemorativa do nosso calendário, ganhando assim menos regalos. As jovens mulheres ainda têm o Dia Internacional da Mulher para compensar, agora nós? Nem o Dia do Gaiato!
O rito de passagem da infância para a adolescência mais traumático contado ao longo das gerações (a minha é a primeira a ouvir) na minha família é o último presente do Dia das Crianças do meu pai: um lindo cinto! Minha avó apelou, não concordam? Grande presente! No meu caso foi melhor, minha avó não quis que eu me rebelasse e deu algo mais significativo há dois anos, quando tinha 16 anos. Não lembro o que era, ok. Para ver como não traumatizou.
Contudo, nunca desisti. Desde o ano passado venho reivindicando meu direito como neto primogênito (meus avôs paternos têm mais quatro netos). Ano passado não teve jeito. Esse ano, em contrapartida, achei uma tática: drama! Choraminguei durante uns dias alegando que esse era um ano importante para mim e que estava necessitado, com muitos itens mochileiros para comprar e sem nenhuma grana.
Deu certo! Ganhei um canivete suíço Tramontina (e eu torcendo para que fosse ao menos um do R$1,99!) com 14 funcionalidades; uma lanterna de cabeça que era do meu avô; e ainda vou ganhei um apito, para caso me perca em alguma trilha, inspirar-me na Rose Dawson e, quem sabe, conseguir um socorro (calma mãe! É só uma prevenção!).
Praticamente os primeiros itens, porque já confisquei duas necéssairs aqui em casa, talvez uma terceira, além de uns shampoozinhos/condicionadores que se pode pegar em hotel (os póbri qui nem eu pá falá a verdadi!).
Agradecimento especial: Gilda Batista e Geraldo Dantas, por abrirem exceção e fazerem do seu “netinho” uma pessoa mais equipada! Obrigado!

Primeiras atividades físicas (praticamente):
A preparação física é muito importante, ainda mais para quem quer fazer uma trilha de quase 100 km. Então, tomei a decisão de caminhar em uma pista de Cooper de 4,5 km de comprimento que existe na saída da minha cidade – Gama (quem ama mora no Gama! Até Daniela Mercury já disse isso!), já que pagar academia está muito caro e preciso economizar.
Na verdade, estou tentando ver se faço musculação ao menos esses dois meses, mas ainda não consegui uma proposta interessante. Porém, pretendo ficar caminhando mesmo assim.
O tempo é corrido, já que só tenho terças e sextas à noite, além dos fins de semana, livres, o que faz com que nunca estejam vagos, mas sempre que der (ao menos duas vezes por semana) estarei lá.
Hoje foi minha primeira caminhada depois dessa decisão. Enquanto minha mãe ficou na academia, eu fui andando até o início da pista e segui até onde o horário permitiu.
Resultado do primeiro dia: 1h05 – 7 km aproximadamente, já que não tive como calcular a distância da academia até a pista. Bem, não morri, nem fiquei muito cansado. Considero minha resistência, pra quem não pratica esportes, até boa.
Apesar de nunca ter estado malhando em uma academia (a minha experiência mais próxima foi fazer natação em uma), tenho grande impressão que fazer atividades ao ar livre é muito melhor do que em um espaço fechado.
Pratica-se em um lugar mais arejado, com o cheiro e sons de natureza, apesar dessa primeira experiência ser de um ar meio poluído por causa das queimadas do período de seca (32°C e por volta de 20% de humildade, como ironizam, quase sempre).
O “contato” com as pessoas também me parece mais verdadeiro. Em uma academia acontece muito de voyeurismo, exibicionismo. Não é só malhar, é mostrar o corpo “escultural”, sendo parte deles ainda à base de plásticas ou anabolizantes. Na “rua” isso acontece com menor percepção.
Às 19h ainda encontravam-se muitas pessoas na pista – famílias acompanhadas dos filhos e pets, senhores e senhoras mostrando como é estar saudável na 3ª idade, jovens conversando enquanto se exercitavam, seja a pé, de bicicleta, de patins, apenas malhando nos kits de ginástica ou até paquerando – pessoas bonitas é o que não falta. Naquele local parecia que todos estavam em uma cidade provinciana, pacata e segura, não em uma cidade de mais de 135 mil habitantes e já com seus não poucos problemas de segurança.
Ainda sobre esse relacionamento social, é impossível não encontrar conhecidos nesses lugares – foram três conhecidos e um apresentado em apenas uma pequena caminhada, isso porque nem sou muito conhecedor dos moradores daqui. Porém, o mais interessante é o relacionamento com os não-conhecidos. Todos estão se olhando, e não com olhar de inveja ou sobreposição, mas um olhar de parceria. Os que estão voltando, nos poucos segundos de contato visual, transmitem o recado: “Boa caminhada, companheiro!”.
Fui sozinho e sem MP3, não me arrependi nem um pouco. Ouvir a natureza, os corpos se exercitando, os grilos cricrilando, os carros a transitar e, principalmente, a própria consciência. O sentimento de humanidade e de ser social vem à tona. Quem me dera ser mais comunicativo (ironicamente, para um jornalista, não sou nem um pouco) e poder saber um pouquinho da vida de cada um deles.
Para finalizar, praticamente os primeiros exercícios, porque vou para o estágio e para o curso de línguas a pé. Apesar de ser perto de casa, se for calcular todo o tempo que demoro nas idas e vindas, dá em torno de 30 minutos por dia. Além da parada onde pego ônibus para retornar à minha casa ser afastada da universidade.

E há os topam em qualquer parada e há os que topam qualquer parada.