quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ah, o Amor! [9/10]

SEXO E PRAZER

Cada um tem a sua verdade e sabe o que é melhor para si. Então é bom deixar claro que tudo não passa de uma opinião pessoal. Afinal, falar de sexo e prazer é abordar um tema muito íntimo, particular. Somente entre quatro paredes ou quando se está sozinho é que algumas pessoas conseguem se liberar de verdade. Na mente podem acontecer coisas impronunciáveis em voz alta. Entretanto, é verdade que há pessoas que, por diversos motivos (cultura, religião, geração), evitam a todo custo esses assuntos. Pena delas.


Sexo é a gênese da vida, sempre fez parte das relações humanas – seja para procriação ou prazer. É triste perceber que, ainda hoje, alguns acreditam que o intercurso sexual só sirva para o primeiro propósito citado. Contudo, o prazer também não deveria ser o único aspecto levado em consideração na hora de ir para a cama com um parceiro.
Sim, existe outra razão para transar com alguém além de fazer filhos ou de ter orgasmos. Eis: conectar-se com a outra pessoa! E este deveria ser o principal motivo ao se decidir ter relações sexuais. Não é necessariamente transar apenas quando está amando, muito menos somente após o casamento (é interessante fazer o test-drive! Vai que não rola sintonia...). Contudo, também não é pra se tornar um Wi-fi sem senha – qualquer um pode se conectar, basta estar dentro do alcance da rede.
É possível adquirir prazer de diversas maneiras – sozinho; com uma, duas ou três pessoas; em grupo; com um animal; com objetos; até com dor para alguns. No entanto, nem tudo é válido, é legal (aqui se trata de legalidade mesmo), faz bem para o corpo ou vale a pena. Cada um (ou cada casal) tem que se perguntar até que ponto compensa ir atrás da satisfação carnal. Parece ser muito egoísmo fazer qualquer coisa apenas para ter um orgasmo – sem ter valores e princípios para tomar como base.

Se for uma necessidade física – se estiver subindo pelas paredes –, em vez de pegar o primeiro que encontrar na rua, há outras formas de suprir essa necessidade. Será que vale a pena se entregar para qualquer pessoa? A série Glee – em uma conversa simples, mas muito bacana entre o pai Burt e o filho gay Kurt – apresentou alguns pontos interessantes: “Para maioria dos caras, sexo é o que sempre quisemos. É divertido. Te faz sentir ótimo. Mas não estamos falando muito em como te faz sentir por dentro ou como a outra pessoa se sente em relação a isso. [...] Você só precisa saber que isso significa algo. Algo está acontecendo com você, com seu coração, com sua autoestima. Mesmo que pareça só diversão. [...] Quando estiver pronto, eu quero que seja capaz de fazer tudo. [...] Quero que você possa encontrar um jeito de se conectar com a outra pessoa. Não durma com alguém por dormir, como se não importasse. Porque você é importante”.
É tão diferente transar com alguém que você curte (sente algo) de transar apenas pelo prazer momentâneo. Pode ser uma crença piegas por parte deste que escreve, mas o sexo é algo tão simbólico. Uma pessoa está literalmente dentro da outra. Pode haver troca de fluidos: sangue e “vida” (esperma). E um corpo acaba absorvendo uma parte do outro. Então repito: vale a pena se entregar para qualquer pessoa dessa forma?
O espírito é forte, mas a carne é fraca. Ok. Você quer curtir a vida e/ou experimentar coisas novas. Ok também. O importante mesmo é fazer sexo seguro! Não sei se você hibernou nas últimas décadas, mas fique sabendo: doenças sexualmente transmissíveis não são exclusivas de homossexuais, ok?! Então se proteja e seja feliz com o que acredita! Faço minhas as palavras da Madonna na música “Justify my Love”: “Pobre é o homem cujos prazeres dependem da permissão de outro”.
 
 
Observação: No último post falei de relações homossexuais. A coisa é tão complicada para os gays que, até mesmo encontrando a pessoa ideal (depois de sofrer e orar muito por um milagre), ainda é preciso ter uma compatibilidade funcional na hora do “bem-bão” – se é que me entendem. Por isso não reclamem, héteros! Tudo é mais fácil para vocês.

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