segunda-feira, 27 de julho de 2009

Paulistano no Cerrado – I Orkontro Mochileiro (2/2)

O objetivo era ir ao Parque Nacional de Brasília, popularmente conhecido como Água Mineral, já que viriam poucas pessoas e não tínhamos certeza se teríamos à disposição um carro. Raiele, informadíssima, nos lembrou/informou que o Parque estava fechado. O que vamos fazer agora? Mesmo com o IPVA não-pago, como boa parte dos brasileiros, minha mãe acabou emprestando o carro (orando para que não encontrássemos uma blitz no caminho) para irmos ao Salto do Corumbá, passeio decidido pouco antes de dormir. Este havia sido um dos lugares propostos para visita e colocado em uma enquete na comunidade.


A ida foi até bastante silenciosa, acredito que mais por um soninho geral, já que 6h da manhã estávamos em pé (mesmo que acordado aos sustos, como foi o caso do Thyago ao me ver na janela, e eu nem estava bagunçado). Duas paradinhas no caminho – para comer (e ter energia para as atividades do dia) e para tirar umas fotinhas (mochileiro na estrada!).
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Não demorou muito. 2h saindo da minha cidade – Gama. Aproveito para dizer (o que ainda não havida dito) que o Thyago é um motorista muito bom! Em nenhum momento senti que morreria, seja em vias locais ou rodovias.
Ao chegar já fomos atrás da trilha que levava à cachoeira. Neste momento realmente começaram as fotos e a aventura. A trilha era bem clara, mas havia algumas subidas e descidas, e ainda nos metemos com alguns caminhos paralelos (para chegar ao alto da cachoeira) bastante íngremes. Elvis, coitado, com seu mochilão, sofreu um pouquinho. Contudo, como até comentamos, a parceria nessas horas é de bastante valia.
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Paisagens muito bonitas encontramos pela trilha, principalmente quanto mais subíamos. Alguns precipícios também surgiram. Em uns me sentia mais confiante de chegar perto, em outros passei longe. Thyago foi corajoso ao chegar perto de um abismo, mas também estava bem preocupado com cobras e calangos durante o dia.


Depois de já andar bastante e ver as quedas de por vários ângulos, resolvemos cair na água. Depois de alguns escorregões, cheguei à água, que estava fria, mas bem gostosa com o tempo quente. A queda é bastante forte para ficar embaixo e até que deu para curtir bem a cachoeira.
O próximo destino foi a gruta, com água a uns 10°C. Era tão fria que, em um primeiro momento, fazia os pés doerem, a ponto de não agüentar ficar com eles imersos. Depois de pensar bem, mas com vontade de superar os obstáculos, eu e Thyago entramos na água con-ge-lan-te. Foi ótimo, era só não parar de nadar. Depois de um tempo o frio diminuía. Depois de mais um tempo você ficava dormente, e era a hora de sair da água.
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O caminho alternativo para sair era sair pela grutinha e atravessar uma fresta no paredão. Quem tem fobia de lugares fechados é melhor nem arriscar. Quem está acima do peso também não – só ouvi uma senhora dizer: “Meu filho mais cheinho conseguiu entrar, só quero ver ele sair sem ser pela água!”.
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De lá, para finalizar, fomos na piscina onde havia dois tobogãs. Anos que não íamos a um. E por sinal nas filas só encontrávamos jovens e adultos. Lógico que foi diversão garantida por 4 descidas.
Após passar em uma pontezinha que em um primeiro momento os outros dois ficaram um pouco receosos, e o Elvis copiar as fotos da minha câmera na administração do lugar (e quase esquecer o pen drive no local), infelizmente já era hora de ir embora, caso contrário o Elvis poderia perder o ônibus.


A volta também foi até bastante silenciosa, talvez dessa vez porque todos estávamos cansados, reflexivos com os acontecimentos do dia ou contemplativos com as paisagens do Goiás que passavam pela nossa janela. Atrevo-me a dizer (sem consultar os outros dois) que a música da viagem foi I got a Feeling, do Black Eyed Peas. Ouvimos vários reggaes legais do celular do Elvis também, mas acredito que essa foi a música mais executada no dia.
Para terminar o dia, o Elvis não havia conseguido confirmar a poltrona no ônibus, nem tinha feito uma reserva prévia. Nem preciso dizer – os ônibus (cinco de 4 empresas diferentes) estavam todos lotados. Fiquei um pouco preocupado, já que tinha de voltar a tempo para trabalhar na segunda-feira, mas ele estava até tranqüilo – depois percebi que ele comeu os biscoitos que tinha entregado para levar na viagem nesse momento, e me pergunto se comer não era uma forma de descarregar a tensão/preocupação. Finalmente ele conseguiu outro ônibus – saiu de Brasília em uma poltrona, espero que não tenha parado no corredor em algum momento do trajeto. E esta também é outra história para ele relatar.

Eu particularmente, como um anfitrião mais responsabilizado (já que minha casa foi hospedagem, o carro da minha mãe foi um dos transportes, etc.), assumo que inconscientemente fiquei um pouco tenso durante todo o orkontro, torcendo pelo melhor, mas esperando que a qualquer momento acontecesse o pior. Depois de voltar para o Gama e ver o Thyago partindo em um ônibus de volta para Taguatinga, senti uma felicidade grande e um alívio. Graças a Deus não aconteceu nada além desses probleminhas de transporte do Elvis, que rendeu algumas histórias.
Somente espero que outros orkontros venham pela frente e que cada vez mais pessoas participem conosco desses momentos de alegria. Algumas pessoas nos devem uma visita!

Depois de um banho quente reconfortante, às 8h30, cai na cama pensando:
I got a feeling that today was a good Day!

Paulistano no Concreto – I Orkontro Mochileiro (1/2)

Na sexta (24.07), o ônibus Fidelidade* (não Felicidade, como o Thyago achava) sairia às 17h de SP – praticamente o horário que o Elvis saiu do trabalho, rezando para não perder. Nem precisava ter pago um táxi. O ônibus estava quebrado. Resultado: depois de mais de 5h e meia de espera, o paulistano consegue embarcar, pagando um pouco mais barato ainda (pelo menos!). Banheiro? Não tinha, pois as malas bloqueavam a entrada. Companhia de viagem? Uma galinha (viva!) no meio dos passageiros. Mistério do caminho? Um senhor que conversava com o Elvis desceu em uma das paradas (somente para desembarque) e nunca mais voltou (foi embora ou foi esquecido?!). Mas estas são histórias para quem viveu relatar.
8h da manhã era o horário programado para o mochileiro chegar. Eu, meu pai e o Thyago estávamos lá na hora – para nada. Acabou que fomos buscar as coisas do Thyago em sua cada, rodamos Taguatinga atrás de um dominó que meu pai queria, demos uma volta nas Americanas, e esperamos. 13h foi mais ou menos o horário que finalmente o Elvis chegou... sozinho. Cadê o Eber? Decepção do orkontro – não que a presença dos outros fosse menos importante, mas ele havia confirmado presença. Por problemas trabalhistas, não pode comparecer. Infelizmente.
Saímos direto para o restaurante Alpinus, no Parque da Cidade, onde a Duda e sua amiga Raiele nos encontrariam. Foi um almoço bem agradável, apesar de corrido, pois o cronograma estava apertado e meu pai teria que voltar para casa, depois de nos deixar no Santuário Dom Bosco (primeiro ponto turístico visitado, que viemos descobrir estar em reformas, porém parece que é/vai ficar muito bonito).


Uma caminhada passando pelo shopping (de alguns suicidas) Pátio Brasil, hospital Sarah Kubitschek, e após algumas explicações sobre o planejamento urbanístico de Brasília (coisa que tentamos explicar muitas vezes durante o dia, e não tenho certeza se ficou bem claro), chegamos na Torre de TV, com sua fila enorme debaixo de um sol escaldante. Ao menos lá em cima (mirante a 75m de altura) um vento super agradável batia.


A pilha das meninas logo acabou (também foram de saltos plataforma) e elas ficaram no meio do caminho – na Rodoviária de Brasília. O Clube do Bolinha seguiu totalmente animado, batendo várias fotos. O Elvis todo inspirado com a luz de fim de tarde naquela planície verde e branca com o céu bem azul.


Logo anoiteceu e as câmeras sub-profissionais não podiam exercer seu melhor desempenho. Algumas obras, como Os Candangos, quase não deram para ser vistas. Acabamos brincando de escorregar com papelão pelo gramado ao lado do Congresso Nacional e admirar a Esplanada de noite.


Ficou para o próximo orkontro: interior da Catedral (não deu para tirar muitas fotos, pois estava acontecendo uma missa); exterior da Catedral (não dava para ver completamente porque está em obras); visita ao interior do Museu Nacional e do Congresso Nacional; Teatro Nacional (sem iluminação e em reformas); Memorial e Ponte JK; Lago Paranoá; Pontão do Lago; dentre outros lugares – resumindo, ainda tem muito o que ser visto em uma próxima visita.


A noite terminou no barzinho tradicional de Brasília, considerado um dos melhores happy hours de Brasília pela Revista Veja – Libanus (perdão pelo merchandising!). Comemos pouco e acabamos ficando pouco tempo lá. Acredito que nem deu para ver realmente como é a noite na Capital Federal. Também fica na conta para um próximo orkontro (com mais tempo). Hora de voltar para casa e dormir. Era mais de 1h da manhã quando ficamos inconscientes.
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I Orkontro Mochileiro do Cerrado (25 e 26.07.09)

Tudo começou da idéia de reunir os mochileiros de Brasília que fazem parte da comunidade do Orkut “Eber, quero fazer um mochilão”. Muitos mostraram interesse e acabou virando o projeto do I Orkontro Mochileiro do Cerrado. Por fim, dos 5 mochileiros de Brasília, 2 realmente participaram (Eu – Bruno – e o Thyago) e 1 esteve presente em um momento (Duda – que estava com sua amiga Raiele, não-mochileira). Dos 758 mochileiros do Brasil também na comunidade, sendo a maioria de SP, apenas um paulistano – ELVIS, o salvador do “orkontro interestadual” – apareceu pelo Planalto Central.


Money, Money, Money
R$80 – passagem de ônibus: SP-BSB (empresa Fidelidade*)
R$15 – almoço: arroz, feijão tropeiro, vinagrete, batata frita, galeto/frango, refrigerante/cerveja (Restaurante Alpinus, no Parque da cidade)
R$2 – garrafinha de água mineral (em frente à Catedral)
R$10 – happy hour: refrigerante/cerveja, espeto de carne (Barzinho Libanus – 206 Sul)
R$3 – passagem de ônibus: Brasília-Gama
R$10 – gasolina (valor divido pelos três que usufruíram do carro)
R$5 – café da manhã na estrada
R$15 – entrada no Salto do Corumbá
R$ 5 – lanche no parque: águas, refrigerante, salgadinho
R$80 – passagem de ônibus: BSB-SP

Total: 225 reais**

*Os ônibus Fidelidade são fretados para quem vai fazer compras em São Paulo, por isso a passagem é mais barata comparada às empresas de transporte coletivo interestaduais.
**Os valores foram colocados na média. Quem já é da região economizou ainda R$160.

Balanço Geral Pessoal
- 1 braço com uma dorzinha (não sei onde consegui no sábado);
- 1 arranhadinho na mão;
- 1 joelho um pouco roxo (em um dos escorregões na cachoeira);
- DVD do filme “Crash – No Limite” (sempre quis e o Thyago encontrou nas Americanas, enquanto esperávamos o Elvis);
- 2ª cachoeira visitada na minha vida (sem contar as Cataratas do Iguaçu);
- 498 fotos;
- 10 vídeos;
- Alguns reais (bem!) gastos;
- Novos amigos;
- ÓTIMOS momentos e histórias.

Veja um pouquinho como foi o nosso domingo:

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Rest in Peace, Michael!

Tive que quebrar o jejum no blog para prestar mais uma humilde homenagem ao Rei do Pop - Michael Jackson.

Não sou fã dele. Não tenho muitas músicas. Nunca vi um show sequer. Sempre achei um cara mais estranho do que um artista. Mas o que EU acho não reflete o que ele é... FOI!

Sem dúvidas ele é o Rei do Pop e deixou um rico e importante legado para todas as gerações de artistas das últimas quase quatro décadas. Isso é inegável!

Então, hoje, quero esquecer a figura excêntrica acusada de muitas coisas ruins (das quais nunca teremos certeza), e me despeço do Michael Jackson sorridente da foto!
It don't matter if he's black or white... o que importa é o que ele deixou para todos - suas músicas e a lição: We are the World, e devemos fazer daqui um lugar melhor!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Moch 08/09 > 18.12 – Queen Mad [3/3]

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Vamos ao que importa. C-A-N-D-Y, Candy Shop! Piração TOTAL! Nas primeiras músicas é mais uma procura de um lugar bom para ver o show, já que não estávamos na frente mesmo, não adiantava ficar morrendo tanto. Por falar em frente, devo ter ficado há uns 50 metros do palco. Para ter noção, assisti ao show inteiro vendo ela e não olhando para os telões. Eu estava realmente perto, já que depois de horas, fui apertando e fiquei praticamente na grade - só uma pessoa na minha frente. O ruim é que durante o show, algumas pessoas da área VIP subiam em cima das outras e atrapalhava um pouco a visão – lógico que os xingamentos eram muitos - dos outros.
O show é simplesmente FANTÁSTICO! Todo mundo deveria, pelo menos uma vez na vida, ver um show da Madonna. Assistir ao DVD deveria ser obrigado e, se possível, ao vivo, para ver toda a potência daquela mulher.
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O primeiro bloco é energizador. Uma bala (doce) sendo fabricada e Madonna aparecendo em um trono criam todo o clima do início do show, com todo mundo enlouquecendo. Human Nature ficou massa, com Madonna cantando “Oops, I didn’t know I couldn’t talk about sex” (Oops, eu não sabia que não podia falar de sexo) e com imagens da Britney Spears pirando dentro de um elevador nos telões. Vogue para mim foi um dos pontos altos! A nova versão com samples de 4 Minutos PER-FEI-TO! (ver vídeo abaixo)
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O interlúdio com Die Another Day mostra uma Queen pugilista e querendo quebrar tudo nos telões. No começo do segundo bloco, Into the Groove apresenta Madonna pulando corda como uma menininha na escola – sem errar – e termina com Music contagiando todo mundo. Infelizmente Hearbeat não foi a melhor parte do show como eu desejava. Em She’s not me, ela se rebela contra outras versões dela mesma, e chega a beijar a Madonna Noiva de Like a Virgin. Muito engraçado ela tendo um ataque frenético no final.
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O terceiro bloco começa com Devil Wouldn’t Recognize You. É a parte mais linda de todos os shows que já vi. Ela está em cima de um piano, com um capuz preto cantando, enquanto o barulho de chuva ao fundo cria o clima, e água escorre nos telões cilíndricos ao seu redor. Morumbi calou e admirou nessa hora! Sem o capuz, Mad se mostra uma quase espanhola, entoando músicas como Isla Bonita, Doli Doli, Spanish Lesson e You Must Love Me, que também é uma das partes mais lindas! Uma banda a acompanha em parte desse bloco, e uma mulher faz a dança das sete saias.
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O vídeo polêmico e crítico da turnê dá início ao último bloco. Vilões como Hitler são contrapostos a heróis, como Obama, enquanto samples de Beat Goes On dizem: “Get stupid!” (Seja estúpido), mostrando um homem vendendo por uma pichincha o mundo, que está completamente se degradando. 4 Minutes (com o Justin nos telões) e Ray of Light (agora realmente com lights iluminando o céu de São Paulo). Like a Prayer para muitos é a melhor parte do show. Para mim, a briga é feia com Vogue, mas sem dúvidas fica pelo menos em segundo lugar. Foi espetacular!
A música escolhida pelo público foi Like a Virgin. Chocante ver o Morumbi inteiro entoando a mesma canção - "Like a virgin, touched for the very first time"! Arrepiante mesmo! E não poderia terminar de melhor forma do que com Give it to me.
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Isso tudo o que falei não é NADA do que aconteceu lá. Leia mais abaixo a cobertura do site Madonna Online que ia registrando simultaneamente o que acontecia. Fala exatamente tudo o que aconteceu!!
Na saída, aproveitei e comprei o Tourbook da Mad – lindíssimo por sinal! Compro uma água porque não agüentava mais (lá no estádio estava R$3 um copinho) e vou encontrar o Gus, às 0h30, sorrindo, bobo com tudo o que tinha visto!
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Sem dúvidas, é o melhor show do mundo!
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15 horas no Morumbi. 7 horas em pé. E nenhum arrependimento!
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Show do dia 18.12 – Minuto a Minuto:
http://www.madonnaonline.com.br/noticias/noticia_rss.asp?cod=5290
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Dica:
Assista ao DVD Confessions Tour para conhecer Madonna! É uma briga feia com S&S Tour para saber qual é o melhor show... VEJAM o teaser:


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Dica 2:
O DVD Sticky & Sweet Tour deve sair no final do ano, enquanto isso veja um possível trecho do que pode estar no DVD. Vogue:


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Observação:
Nenhuma das fotos são minhas. Eu não levei a câmera porque não ficaria muito perto, iria correr o risco de ser roubado, além de que ia acabar vendo o show pela telinha da máquina e não o espetáculo ao vivo. Não me arrependo, já que consigo fotos muito melhores pela internet, não é verdade?!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Moch 08/09 > 18.12 – Queen Mad [2/3]

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Corri. Corri muito. Não tive tempo de raciocinar direito, eu só buscava um lugar com cabeças baixas, para não atrapalhar a visão na hora do show. Por sinal, nem dei atenção para uma loira pulando corda no palco. Achei um lugar bacana, há um metro da grade que delimitava Pista VIP e Pista. Procurei os companheiros de fila, chamei um para perto de mim, localizei outro de longe. Quando tudo acalmou. “Quem era aquela loira no palco? Era a Madonna?”. Todos ao meu redor: “ERA!!!”. Eu perdi Madonna ensaiando! Droga! Mas não tinha problema, logo mais veria ela novamente. São 17h, o show começa às 20h, 22h acaba... Aham!
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Começava o martírio!
Fiz amizade com mais uma galerinha ao redor, que seriam companheiros de dor de pé até o final. O céu continuava nublado e todos orando para não piorar. Parecia que nem ia encher o estádio, mas aos poucos tudo foi lotando.
Esperamos!
Esperamos mais um pouco!
Esperamos mais um pouquinho!
E esperamos!
E oramos para não chover!
E esperamos mais um tempo!
Esperamos só um tempinho!
O palco continuava coberto pelo plástico, para caso chovesse antes do show. Os técnicos arrumavam os últimos detalhes. O tempo passava e nós esperávamos.
A única distração era: ver os famosos da área VIP!
Logo o pessoal já encontrou o Rafael Augusto, do site Madonna Online. Depois, um amigo da fila pirou ao ver o estilista Alexandre Herchcovitch. Alguns dançarinos da Queen Mad apareceram no palco, filmaram a galera e sumiram. Karina Bacci foi super simpática, pousou para fotos, acenou. Paula Lima, Gabriela Duarte, Ellen Jabour também passaram perto de nós. A – lindíssima – Giane Albertoni estava (acho que) meio alta, e ficou jogando uns negócios (achei que era balinha) para o pessoal da Pista. Pena que ela não estava exatamente na nossa frente. Mais tarde fui descobrir que ela distribuía uns buttons exclusivos do camarote. Fiquei sabendo porque uma mulher – acho que famosa, mas não sei quem! – começou a dar também, eu pedi, e ela toda educada pediu para o segurança entregar um para mim! E outro amor foi a apresentadora Fernanda Young, que conversou com a galera, dizendo estar envergonhada por chegar ao show tarde (devia ser umas 20h) e ficar em um lugar melhor do que nós que ficamos lá por horas (eu, estava lá há, aproximadamente, 11h naquele momento). Ela completou dizendo que os verdadeiros fãs éramos nós. Assino embaixo!
20h. O show é para começar. Mas na verdade é o DJ Paul Oakenfold quem começa. Muita gente reclama do setlist, que é muito batido. Para mim, não tem problemas. Começa a chuviscar. “Chuva, vai embora!”. Ela obedece, e não cai mais nenhuma gota no dia. São Pedro ajudou hoje! Infelizmente o show não vai ser gravado como em Buenos Aires!
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Já tinha preparado o Gus para um possível atraso, mas não tanto – 2h! O show só começou às 22h, o horário que deveria estar acabando. Porém não era hora de ficar preocupado e sim de curtir cada segundo! Pensei muito na minha amiga Angélica, que queria estivesse lá comigo! Fiquei com dó de um rapaz que passou mal e, na hora que pulou a grade para sair, as luzes apagaram e começou a batida de Candy Shop. O coitado deve ter querido se suicidar nesse momento! Deve ter visto o show dos "canfundó" do estádio, acompanhado dos guardinhas. Morumbi no escuro. É agora que um dos meus sonhos está sendo realizado!

Sticky and Sweet Tour – Madonna – 2008:
http://www.madonnaonline.com.br/tours/stickysweet.asp
(tudo sobre a última turnê da Madonna – vídeos, fotos, curiosidades)

Informação:
Ingresso Meia Pista – R$168

Teaser da Tour:
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Ps.:
As fotos são do Morumbi, mas não são do dia 18, do show que eu assisti, mas óbvio que estava idêntico!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Moch 08/09 > 18.12 – Queen Mad [1/3]

Hoje é um grande dia! Vou ao meu primeiro show da Dancing Queen – Madonna Louise Veronica Ciccone, para mim, Queen Mad! O bom é que a minha ansiedade não se reflete no meu sono, e tive uma noite que recarregou todas as minhas energias.
O coitado do Gus acordou cedo, mais que o normal, para me levar mais ou menos até o local do estádio. Enquanto eu passaria o dia na fila, ele ia trocar parte da nossa grana e encontrar uns amigos. Combinamos que ele me buscaria à noite, desci no local que ele me indicou e segui as indicações. Facilmente cheguei ao Morumbi. Enorme! Logo vi um banner gigante indicando os portões de entrada. O meu era o Portão 4. O outro que dava para a pista era o Portão 2. Uma menina me confirmou o caminho até a entrada e lá fui eu. Andei, andei. Fui contornando o estádio pela esquerda, passei pelo meu portão e nem vi, quando me dei conta tive que voltar, e qual não foi minha surpresa: a fila estava minúscula! Eram 9h.
Cheguei já confirmando se era aquela a fila, tamanho o meu descrédito. Felizmente era! O motivo? Como eram dois portões para a Pista, o pessoal da Times for Fun (F***, na verdade) tinha vendido todos os ingressos do Portão 2 (onde a fila estava gigante) para só depois vender o do Portão 4 – por isso a minha estava menor. Para piorar, disseram que o palco estava do lado sul do estádio, mais perto da entrada do Portão 2. Ou seja, o outro pessoal ia tomar a frente toda. Em mais um momento de felicidade, quando entramos descobrimos que era preciso dar uma volta para chegar à pista, e que nessa volta, nós estávamos mais perto! Mas depois volto nessa parte.
Antes é bom dizer que o dia estava realmente nos ajudando. Apesar de todos os dias terem chovido em SP, no dia do show o céu ficou nublado a manhã inteira, nos protegendo do sol. À tarde, o céu abriu um pouco, mas o estádio já fazia sombra!
Voltando a falar do pessoal da fila, muita gente acha que não tem porre maior do que ficar horas numa fila para ver um show de longe e apertado. Sobre a fila, posso dizer que é um dos melhores momentos! Fazer novos amigos, conversar sobre várias coisas, principalmente sobre o artista do show, no caso Madonna!, e ainda no caso de um grande show, como foi o dela, ficar se divertindo com as figuras que amam chamar atenção da imprensa, dando entrevistas, cantando, etc.
Não sou uma pessoa que faz contato facilmente, mas nesse dia dei sorte de já encontrar um grupo super bacana e comunicativo. Muita gente de São Paulo, mas também tinha gente do Rio e de Belo Horizonte no grupo. No final, já estávamos em umas 15 pessoas, tirando outros que trocamos algumas palavras. Ficamos exatamente de 9h às 17h na fila.
Tinha uma mulher que tinha visto parte do show no Rio de Janeiro, dia 15, onde a Madonna caiu e um toró encharcou todo mundo! Tinha o Edy que foi no show da Madonna em 93 – The Girlie Show – e quando viu uma “loira baixinha” no palco gritando “bunda suja”, perguntou quem era aquela louca xingando todo mundo! Hahaha
Lembro de cada um que passou aquela tarde na fila comigo, mesmo que tenha esquecido o nome ou perdido o contato. Em janeiro vim descobrir que cheguei a aparecer por um segundo no programa da Ana Maria Braga – Mais Você – com o André e o Edy na fila. Este último, por sinal, era a maior figura, não podia ver uma câmera que já ia abrir seu pôster e pular! Foi no celular dele que consegui falar em casa pela primeira vez. Bem, fomos filmados por várias pessoas, mas só achei esse vídeo.
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Vídeo - Show da Madonna no programa Mais Você, da Ana Maria Braga
PS.: Eu apareço sentado no chão em 03:23 - é exatamente um segundo.
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Quando os portões abriram para entrar no estádio, foi a hora que nos perdemos. Não dava para esperar, saí correndo para pegar um bom lugar...
Naquela tarde, literalmente pessoas passaram (entraram e saíram) pela minha vida. E sempre serão lembradas em uma das melhores tardes da minha vida!
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Besteira Nada a Ver
A Ana Maria realmente ama a Madonna, olha o mico que ela pagou um dia no programa dela:

domingo, 10 de maio de 2009

Moch 08/09 > 17.12 – Quase um paulistano...

Gus e eu demos um rolé por SP. Fomos em vários lugares, vou falar dos que lembro que passamos. Acho que um dos primeiros lugares que fomos foi no Shopping do Ibirapuera – claro, tomei um sorvetinho do McDonald’s – e procuramos uma loja de câmbio. Se não me engano, lá não tinha peso argentino. De lá, fomos na faculdade do Gus – ele precisava resolver uma coisa – e como era lá pertinho, fomos a pé. No caminho ele me mostrou uma loja bacana de surf, uns lugares onde ele costumava lanchar...
Nesse dia quis virar um verdadeiro paulistano... Queria me localizar sempre que estávamos andando de ônibus. Eu só perguntava: Aonde estamos? Que bairro é esse? Ainda é zona oeste? Se não fosse o paciente Gus, acho que outra pessoa ia perder mandar eu calar a boca.
Depois, fomos dar uma volta mais no Centro de São Paulo. Aproveitamos e demos uma passada nas casas de câmbio – achei bem suspeitas, meio “boca” – no Vale do Anhangabaú, e o preço não compensava também. Por sinal, já tinha passado lá perto, quando fui pela primeira vez à SP. Acho um lugar muito interessante, vi o Prédio da Prefeitura, Correios, Banespa – fechado (que pena!) – e outros lugares. O único problema que vejo, nessa parte da capital, é a quantidade de mendigos. Eu assumo que fiquei até um pouco receoso, não tirei fotos, ainda mais que na primeira vez que passei por ali houve um incidente (ver as histórias da minha primeira ida à SP), e eu só tinha uma máquina, se me roubassem, como ia fotografar o resto do mochilão?!
Conheci a tão famosa Galeria do Rock. Não sou um roqueiro, nem ouço muito rock, mas lá estava eu, achando tudo super interessante. Ouvi as histórias de (tentativas de) suicídios – lembrei do Pátio Brasil, aqui em Brasília, nem sei o porquê?! (ironia) –, vi muitas camisas legais – devia ter comprado uma para meu irmão! – e vi muita gente, digamos, diferente – não querendo classificar o diferente de feio ou ridículo, apesar de muitos estilos interessantes também. Enfim, mas parece que lá não é mais como antigamente, para quem freqüenta sempre. Para mim, foi legal ver tudo aquilo.
Para terminar a tarde, fomos ao aeroporto de Congonhas ver quanto estava o câmbio. Chuva nessa hora começou a desabar com um pouco mais de força. E o trânsito (novidade!) caótico. Acho que só foi mais de uma hora depois que chegamos lá. Notícia ruim: a única casa de câmbio do lugar não tinha pesos argentinos. Notícia boa: descendo a escada rolante, vou distraído, até que Gus aponta uma mulher subindo a escada do lado – “Não é a Daniella?” – e eu – “Que Dani...”. A Cica estava passando do meu lado! Cica? Não sabe? Daniella Cicarelli! Realmente ela é muito bonita ao vivo! Pena que nem deu para reparar direito.
Noite chegando, vamos para aonde? PAULISTA! Vana – que estava para sair do trabalho –, Isa e Lu nos encontraria lá. O clima continuava chuvoso e não estava colaborando muito. Indo para a Paulista, fiquei reparando os paulistanos em seus carros ao lado do ônibus. Até cheguei a comentar com o Gus – às vezes, eu fico olhando para as pessoas na rua e imaginando a vida delas (o que fazem, esperam, pensam...). O ser humano é um bicho complexo!
Bem, fomos para um barzinho atrás do MASP. Se não me engano, a Vana chegou primeiro, então fomos procurar um lugar. A parte coberta e de dentro estava completamente lotada, nos restou ficar do lado descoberto, e como o chuvisco tinha diminuído... Acomodados? Tudo certo? Vamos pedir uns sanduíches! Isa! Prazer em te conhecer! Finalmente! Sente-se! Olha, o lanche já chegou! Nessa hora, Vana começa a reclamar dos chuviscos que voltaram – realmente o céu não estava querendo colaborar muito. Gus, Isa e eu ainda insistimos. Abrimos um guarda-chuva e ficamos só a gente numa mesa descoberta! Vana tratou de se abrigar e esperar um lugar desocupar. Até que não demorou não, só foi o prazo de eu terminar de comer – o que leva pouco tempo.
Um pouco depois, Lu chega! E veio com nossas passagens de SP-Foz e Foz-BAs! Ai que emoção! Óbvio que a conversa girou em torno do nosso mochilão, mas também falamos muito da última aventura deles em Curitiba. Enfim, foi uma noite agradabilíssima. Lu e Isa são bem serenas, queridas, fooooofas mesmo! Vana é um furação de mulher, super animada, alto astral; ela inclusive encontrou o chefe dela lá. Enfim, we had a great time!.
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Avenida Paulista. Véspera de Natal. Essa combinação dá uma visão linda do lugar. Depois de comer, fomos dar uma voltinha e ver a decoração de Natal. Passamos no Espaço Cultural Banco do Brasil - ou seria Bradesco?! - e lá dentro tinha vários cenários muito bonitos de famílias comemorando o natal. O teto estava coberto de estrelas. Estava lindo! Tiramos algumas fotos. Pena não ter sido o horário do coral.
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O dia estava terminando. Vana pegou o mesmo ônibus que eu e o Gus. No caminho foi me falando de todos os lugares. Mostrou-me inclusive a Augusta de longe, que estava adornada com uns arcos na rua, muito bonito.
Mas uma coisa eu não esqueci. Não uma coisa muito boa. Uma hora em que o ônibus parou no semáforo, uma mulher gritava no carro ao lado, pedindo socorro. O sinal abriu e o carro foi embora. Será que era “charme” da mulher, para irritar o companheiro, sendo escandalosa? Será que ela realmente precisava de ajuda para fugir dele? Vai saber! Espero que esteja tudo bem com ela.
Voltando à noite que estava super legal até então. No caminho Gus também mostrou o local onde no dia seguinte eu iria para o Estádio Morumbi. Só foi chegar e logo dormir.

sábado, 9 de maio de 2009

Moch 08/09 > 16.12 – Welcome back em SP!

Foi quando eu escrevi meu primeiro – e único – post durante o meu mochilão!
Nesse dia não fiz muitas coisas.
Cheguei exatamente às 9h30 na rodoviária do Tietê. O Gustavo – pessoa que me abrigou mais uma vez em São Paulo – já tinha me dado as coordenadas de como chegar no metrô perto da sua casa. Então lá fui eu, peguei um metrô e um ônibus e fui para onde devia. Liguei para o Gus que me buscou.
Fiquei instalado no quarto da irmã dele, Rebeca – Muito obrigado por permitir! –, comemos algo e fomos dar uma pesquisada nas casas de câmbio de São Paulo, à tarde, de carro. O dia estava meio chuvoso, mas fomos a uns dois shoppings, eu acho. Vi a Ponte Estaiada! Apesar de ainda não ser noite, e as luzes não estarem ligadas, achei muito bonita e, mesmo o clima de frio, deu um charme a ela.
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Conheci o trânsito caótico de São Paulo, de um dia chuvoso, por volta das 17h... Então imaginem! Mas deu tudo certo. Não achamos um preço legal de câmbio - mas foi o que acabamos comprando, por falta de opção dois dias depois.
Voltando à casa do Gus, conheci a Sra. Sua Mãe, Maria, e a irmã mais velha dele, Janete. E, claro, os priminhos dele, Jan e Zequinha. Acabou que fomos todos ao shopping. Não ficamos muito tempo, mas foi legal. Voltamos e às 22h já estava dormindo. Precisava colocar o sono em dia. Estava acabado.

Informações:
Câmbio no Shopping Morumbi – mais ou menos R$1 = Ar$1,25 (no dia 16.12.09)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Moch 08/09 > 15.12.08 – Despedidas

É hoje! Não fiquei muito nervoso nem ansioso nos dias anteriores. Minha mochila já está mais ou menos arrumada há uns dois dias, mas, claro, SEMPRE existe a correria de último momento. Já havia cortado cabelo, separado roupas, pego tudo o que seria necessário...

* Aqui faço uma pausa para falar do dia 11.12 – meu aniversário.
Agradeço aos familiares e amigos presentes que realmente me ajudaram a realizar esse mochilão. Pais; avós Gilda e Geraldo; tios Geison e Karina, e Glauber e Walesca; padrinhos Silvano e Ana Lúcia – vocês realmente fizeram esse mochilão acontecer (ver dica abaixo). E, claro, meu irmão e os outros tios, primos e amigos – de uma forma ou de outra, vocês também fizeram tudo acontecer.
Mãe. Pai. Muito obrigado pela confiança e por acreditarem em mim! Para quem não sabe, eu sou superprotegido (com suas coisas boas e ruins) e imagino o tanto que deve ter sido complicado para meus pais verem o filhinho “indo embora”. Mas cheguei vivo! Sem nenhum problema!
A todos... Muito obrigado pelo apoio e confiança! Sem isso, com certeza o mochilão não teria sido o mesmo.

Dica:
Futuros mochileiros que, como eu, não possuem grandes recursos financeiros e, como mochileiro de primeira viagem, tem que comprar todo o equipamento – mochila, barraca, bota, roupas adequadas, etc. – uma coisa que me ajudou e pode ajudar muito vocês:
- Chá de Mochilão!
Se for aniversário, como o meu caso, muito melhor e mais fácil. Isso consiste em: ao invés de ganhar presentes como livros, CD’s, DVD’s, e outras coisas do tipo, que não são necessariamente importantes em um mochilão, você pedir (e ganhar) o que for necessário no mochilão – seja uma lanterna de cabeça, um canivete, o passaporte, até uma mochila, barraca, quem sabe uma passagem de avião! Hahahaha
Se não der para dar o presente, o dinheiro já ajuda – no meu caso, meus familiares me ajudaram conforme puderam. Juntei tudo e comprei meus equipamentos! (Obrigado mais uma vez a todos!)
Porém, não conte somente com isso. Tenha uma grana separada, já que talvez você não ganhe o que precisa ou a quantidade que realmente precisa. Depender dos outros também não é bom. No mínimo, você acaba se frustrando! Então, se resguarde e agradeça sinceramente o esforço que os outros estão fazendo para te ver feliz, mochilando pelo mundo.

Voltando...
Sempre falta alguma coisa, e a correria é certa! Meu ônibus sairia às 18h30, e eu moro há uns 30km da rodoferroviária. Eram quase 18h e eu ainda estava copiando minhas músicas no MP3! Meu pai estava um stress só, gritando, chamando, falando “se você perder o ônibus...”. Estavam em casa: Eu (óbvio), irmão, pais, avó Gilda, e primos Lucas e Léo – todos iam à rodô. Resumindo: saímos correndo, mas chegamos totalmente a tempo.
Hora da despedida – abracei a cada um, meu pai fez uma oração (importante!) e... Ah! Despedida pode ficar muito triste, é melhor ir logo! Tchau! Tchau!
Entrei no ônibus, estava na janela do lado direito, então fiquei vendo-os até a hora que o ônibus partiu mesmo.
Não! Ninguém chorou. Pelo menos não vi nenhum deles chorar. E eu, bem... Não gosto de despedidas! Não mesmo! E eu não iria chorar... Mas um pouco depois que o ônibus partiu, ouvindo uma música do Fernandinho (ver vídeo abaixo) algumas lágrimas desceram. Tristeza pela despedida. Alegria por estar realizando um sonho. Gratidão a Deus por me permitir viver aquilo – principalmente isso. Incerteza sobre o futuro – primeiro mochilão, o que me espera à frente? Tudo isso junto e muito mais.
É, meu mochilão começou! Que Deus me abençoe e que muitas aventuras venham pela frente!

Informações:
Ônibus Brasília – Santos (pára em São Paulo)
Preço: R$135,88 (comprado dia 06.12.08)
Saída: 18h30 – Chegada: 9h30 (15h)

Metrô em SP – R$2,40

Dica 2:
Faça em qualquer lotérica de São Paulo o cartão Bilhete Único – você só precisa fazer uma recarga mínima e pagar uma taxinha também mínima para ter o cartão. Ele é o seu dinheiro/passe para andar no transporte público. Ao pagar um ônibus com ele, você pode, em um prazo de 3h (8h nos domingos), pegar até 4 ônibus sem pagar nada, ou pagar o metrô bem mais barato (mais ou menos R$1,55).
E por que não pagar em dinheiro? Porque todo mundo usa o Bilhete Único, e os ônibus não têm troco. Eu perdi alguns centavos porque, em 1h andando de ônibus, o cobrador não conseguiu R$2,70 de troco. Então, faça o bendito cartão!

Esqueci de levar no mochilão:
- Livro de literatura (para as muitas horas nos ônibus)
- Anotações da reserva do hostel de Buenos Aires (não quero nem pensar nisso. Depois saberão o porquê)
- Algodão (seria necessário?!)
E, principalmente para mim:
- Músicas da Sticky & Sweet Tour, da Madonna, no MP3 (depois de um tempo me conformei)

Que eu me lembrei ter esquecido foi isso... se esqueci outras coisas, que bom!, não me fizeram falta.

Música:
Como Eu Te Amo – Fernandinho

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Maldita velha tecnologia

A tecnologia veio para possibilitar mais uma evolução da escala humana: surge o homo digitalis. Ele tem tudo a seu dispor sem muito esforço, basta alguns cliques ou dígitos e, “tcharam”, o que deseja está pronto. Não precisa sair de casa para estar do outro lado do mundo, não precisa conhecer para namorar, e não precisa ter conhecimentos, necessariamente, para se destacar no mundo digital. Em qualquer lugar, em qualquer momento, pode-se ter acesso a uma gama ilimitada de recursos.
Todavia, essa maravilhosa tecnologia tem seu revés. Hoje ela é, amanhã não é mais. O que há poucos meses surgiu como uma novidade, logo se tornará obsoleto. O prazo de validade de toda essa inovação é curtíssimo. Azar dos pobres mortais que não tem condições, principalmente financeiras, de acompanhar todo esse desenvolvimento.
Umas evoluções são mais fáceis de ser substituídas do que outras. Não é o caso de trocar um computador por inteiro, por exemplo. O que acontece mais comumente é uma troca gradual das peças e hardwares da máquina. E quem pode, anda preferindo trocar o PC por um notebook – mais portátil.
Vez ou outra, ainda se encontra uns heróis de guerra, raridades que já deviam fazer parte de um museu, ou de um lixão. A última peça antiquada que posso citar é uma CPU sem entrada para pendrive. Isso mesmo, SEM entrada para pendrive, apenas para disquete. Como isso ainda pode existir? Uma pergunta um pouco mais radical seria: Qual homo digitalis continua a usar disquetes?
Estes dispositivos com armazenamento removível são itens facilmente cambiáveis, mas algumas pessoas continuam a ser (não é possível que seja por opção) homo sapiens, que de sapiens não tem nada. Porque na era dos pendrives de 16GB, uma pessoa sensata não continuaria a usar um disquete de 1,38MB.
Mas voltando ao “computossauro”, vulgo computador pré-histórico, é preciso tomar cuidado, não ignorar seu poder de destruição. Parece que por ter sido renegado pela nova geração, ele se torna vingativo. E são em situações em que o homo digitalis tem de enfrentá-lo, obrigado, é claro, que ele mostra todo o seu poder.
A peça rara tem suas armadilhas, como dito, a falta de uma entrada para pendrive é uma delas. Isso te induz a ter de recorrer a outras opções, nem tão confiáveis. O bote está armado.
Uma das razões da evolução tecnológica é maior qualidade e segurança. Ou seja, valendo-se de um disquete, ao invés de um backup pelo e-mail, por exemplo, você está por sua conta em risco. Um pouquinho de falta de sabedoria faz parte da receita do desastre, mas não é determinante.
Depois de horas de trabalho árduo, pesquisa, “malhação” do texto, chega a hora de salvar o bendito arquivo. Introduz-se o, também bendito, disquete, depois de um desenterro, claro. Clica-se em “salvar como”. Finaliza-se a operação e pronto. O querido texto está salvo. A salvo de qualquer intempérie, acredita a vítima. Ledo engano.
O desespero surge ao tentar abrir o arquivo, horas depois, em um computador “de verdade”. Mais uma vez, introduz-se o bendito disquete. Clica-se em “abrir” e pronto. “CADÊ O MEU TEXTO?”.
O homo digitalis que nunca passou por algo parecido que atire o primeiro mouse. Nesse momento, o homem primitivo vem à tona, perde-se a razão e são os instintos que comandam. O palavrão se liberta da boca, a vontade de matar quem inventou essa “porcaria” brota no peito. Mas como diria Dona Edith, personagem do stand up Terça Insana: “Quê covô fazê? Vô matá? NÃO! Vô inducá, vô inscrarecer!”. Porque só através de uma educação digital, e melhores condições sociais, é preciso deixar claro, é que todos os homens sapiens finalmente evoluirão. E, para minha paz, não existirá mais essa maldita velha tecnologia. Em especial, disquetes.

Crônica em homenagem à minha querida, e perdida, resenha feita para a matéria de Técnicas de Produção Jornalística 3, no segundo semestre de 2008.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Já escondi um amor por medo de perdê-lo...

... já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo... já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida... já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono... já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos... já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram... já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou... já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois... já falei a verdade, e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto. Já sorri chorando lágrimas de tristeza... já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena... já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
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Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar... já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns... outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns... já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
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Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade.
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer... já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo... mas ela não apareceu, e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
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Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre!
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Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
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(Clarice Lispector)

terça-feira, 5 de maio de 2009

No Balanço do Taguatinga Norte

Segunda-feira. Dia do terror e de tédio para muitos. Talvez não seja o melhor dia, e está longe de ser o mais esperado, porém uma hora a semana tem que começar.
Todo dia é o mesmo sacrilégio. Alguns privilegiados podem desfrutar um carro aconchegante. Os desafortunados, por sua vez, vão de GOLF, para os conhecedores – Grande Ônibus Lotado e Fedido. Muitos gostariam que fosse apenas uma mera piada.
Da parada avista-se o ônibus – quando se tem sorte, não demora passar –, os futuros passageiros remexem-se onde estão e começa uma sutil e despercebida competição enquanto o veículo se aproxima. O prêmio: um possível assento vazio. Em muitos casos uma quimera. Todos acabam formando uma fila e adentram o ônibus com esperança. O primeiro a entrar sente um alívio e felicidade instantânea, um lugar está vazio. Já outros têm que ir em pé. Caso tenha levantado com o pé direito, pode até acabar encontrando uma alma bondosa que queira segurar seus pertences.
Cada um que entra é um possível candidato a ser seu companheiro de viagem, mas uns são seletivos. Começa então um jogo de sorte e azar... Mas estratégico.
A garota se anima quando o rapaz dos olhos claros desponta na frente. Ele passa pela roleta e vem atravessando o corredor. Uma rápida prece percorre a mente dela. Ele sentou ao seu lado. O trajeto passa a ser tão bom de repente. Depois deste rapaz entrou um senhor de vestes surradas e não boa aparência, conforme vai passando, pessoas colocam seus materiais nos assentos vazios ao seu lado, outros olham para o outro lado. Mas ele tem que se sentar. O senhor traz consigo um cheiro de mofo. Para o escolhido a viagem vai ser longa. Hipocrisia? Preconceito? Pode até ser, mas todo mundo um dia passa por isso.
A viagem no balanço do Taguatinga Norte – ou poderia ser W3, Rodoviária, enfim... – está apenas começando. Em Brasília, o pólo de trabalho está nas grandes cidades como Taguatinga e Plano Piloto, as demais satélites são apenas dormitórios.
Pessoas de todos os tipos vão entrando. Tem a senhorinha que fica em pé, pois muitos não têm a gentileza de ceder o lugar. Tem o rapaz que sempre quer ficar perto das garotas. Tem a mulher que empaca na catraca contando os seus “causos” para o cobrador. Tem o senhor que ignora o aviso de “Não converse com o motorista” e fica falando de seus problemas. E tem os outros passageiros que têm de agüentar tudo.
Para os ouvintes de funk uma música serviria de tema quando o ônibus lota. A música é a Dança do Quadrado, cuja letra diz: “Cada um no seu quadrado. (...) Ado-a-ado, cada um no seu quadrado”. Isso deveria ser regra básica para os freqüentadores do transporte público. Quem anda sempre está atento aos acontecimentos. Bobeou?! Já era! Tirou a mão ou o pé do lugar?! Não tem mais volta! É por isso que dá vontade de clamar nessas horas: “Dá licença, aqui é cada um no seu quadrado e esse é o meu!”.
Quando todos se acomodam a coisa começa a fluir. Uns ficam de olhos fechados, não dá para saber se estão dormindo ou tendo um momento de oração para que nada aconteça na trajetória. A qualquer solavanco mais forte todo mundo estremece e o coração acelera – “Não pode quebrar agora!”.
Como todo dia alguns pegam o mesmo ônibus, muitas caras viram conhecidas, mas não significa que se conheça a pessoa. A vida às vezes é estranha! Porque mesmo que se veja sempre a mesma pessoa, não há nem sequer uma troca de “Ois”?
Ao saber um pouco sobre a vida do outro, você acaba tendo que se expor também e eis o fantasma de alguns. Além disso, um “Tudo bom?” acaba determinando uma atitude que deve ser seguida pelo resto dos seus dias naquele veículo. Porque se um dia você cumprimenta alguém e no outro não, algo aconteceu! Teorias começam a surgir na cabeça de quem não recebeu o costumeiro gesto de cordialidade, e quanto maior a carência dela (todos têm um grau!), mais escabrosos são esses pensamentos.
Durante o trajeto uns lêem, estudam, dormem ou conversam. Porém é preciso consciência, vulgo “simancol”, já que umas pessoas não conversam, gritam! O ônibus inteiro fica sabendo da vida do dito cujo. Os únicos que se salvam são os que têm fones de ouvido e vão curtindo uma música. Ainda outros vão vendo um pouco da paisagem pela janela, caso não estejam acostumados ou enjoados da vista.
Depois de vários minutos, com uma satisfação de ter chegado sem maiores problemas ao seu destino, as pessoas começam a se despedir. Muitas vezes, você nunca mais vai ver aquela pessoa que sentou do seu lado; que esbarrou no seu braço; que educadamente segurou seu material; que com uma piadinha fez sua manhã mais legal... E nem a rima foi proposital! Enfim, por aquela viagem de ônibus diária, como na vida, muitos entram, passam e saem. Uns deixam lembranças fortes, outros você fica na vontade de conhecer, e claro, alguns se espera nunca mais encontrar.
É hora de puxar a cordinha e o veículo diminui a velocidade, mas nem sempre de forma suave – na maioria das vezes não o é –, contudo, as mãos treinadas já se agarram onde der e os corpos já possuem um equilíbrio natural. Uma última olhada e o estremecer final do balanço do Taguatinga Norte. “Aqui é onde desço!”.
A saudade não faz parte dos sentimentos dos passageiros. Daqui a algumas horas o caminho inverso será feito – “Se Deus permitir!”. E hoje ainda é segunda-feira.

domingo, 3 de maio de 2009

Conformismo Descobrimento Liberdade

O filme que abriu o X Festival Internacional de Cinema de Brasília, em exibição única, não poderia ter sido melhor: Vicky Cristina Barcelona, que é o último interessante trabalho do diretor Woody Allen (Ponto Final – Match Point), que dispensa apresentações. O longa-metragem que começou parecendo mais um filme das irmãs Olsen (duas amigas em algum lugar significante no mundo vivendo aventuras amorosas temporárias), acima de tudo, fala de relacionamentos, diferenças, maneiras de ser e encarar o mundo, com ambientação na estonteante Barcelona – Espanha, com suas ruelas e monumentos que dão todo o charme e determinam a atmosfera do filme, bem turístico.
Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (a sexy Scarlett Johansson) são amigas desde a infância e, como o próprio narrador afirma, são parecidas em quase tudo, menos no amor. A primeira está fazendo mestrado em Identidade Catalã, por isso a visita ao país; gosta do certo; é realista, racionalizadora; e quer uma vida estável, ao lado do seu futuro marido. Cristina, ao contrário, gosta do diferente; é contra o status quo, atitude interpretada apenas como “aparecimento” dela; está desocupada; e é uma artista tentando se encontrar – “tenho o que expressar, mas não tenho talento para fazê-lo”.
Em uma exposição, Cristina se interessa por um tal pintor chamado Juan Antonio (Javier Bardem, em mais um papel fora do comum), homem que, segundo informações, terminou o relacionamento recentemente de uma forma muito escandalosa - um tentando matar o outro. Mais tarde, as duas garotas o conhecem ao serem abordadas de uma forma bem direta. Foram convidadas para viajar à Oviedo em uma hora, e irem pra cama com ele. As duas. Curto e grosso. Vicky fica chocada, mas Cristina se interessa ainda mais, por não ser um homem “fabricado”, produzido em série como a maioria. Acabam indo. Viajar apenas.
Na primeira noite Juan refaz a proposta da noite à três, e Cristina, que cada vez mais se enlouquecia pelo rapaz, topa, mas na hora H algo que havia comido não fez muito bem. Então, termina por ter que ficar alguns dias de repouso. A oportunidade perfeita para Vicky conhecer um pouco mais Juan – um homem realmente direto, sem papas na língua, o que por vezes o faz dizer algo indevido, porém sincero com os outros e, principalmente, consigo mesmo, o que lhe confere um charme especial.
Mesmo noiva e faltando pouco tempo para se casar, Vicky passa uma noite com Juan, depois se afastando. Assim que melhora, Cristina passa a morar com ele. Ela começa a se encontrar na fotografia e na poesia. Mas como o passado mal-resolvido acaba por voltar, María Elena (a magnífica Penélope Cruz), ex-mulher de Juan, tenta se matar e tem de ficar com eles por um tempo. “Uns dias?”, pergunta Cristina. “Uns meses”, responde o pintor.
Penélope, numa interpretação de total entrega, encarna uma mulher passional, temperamental, bipolar, forte (por lutar pelo o que quer) e fraca (pela tentativa de suicídio), que por vezes beira a loucura. O relacionamento com Juan era de paixão e brigas (geralmente pelo bem do outro), mas algum ingrediente faltava para equilibrar as coisas. No amor não se tem tudo, nada é perfeito. A última peça que faltava era justamente Cristina. No começo, María não confiava nela, mas depois até ajudou-a a se descobrir.
O filme passa a tratar, de uma forma leve, descontraída e sem preconceitos, uma nova configuração social, um novo tipo de relacionamento, que envolve questões sexuais, sem descambar para a nudez e sexo explícito, e vai contra a religiosidade – um triângulo amoroso bissexual. Contudo, como declara Cristina: “Não tem que ficar rotulando sempre. Eu sou eu!”.
Essa revolta contra a sociedade e suas normas antiquadas se expressa também na figura do pai de Juan, que faz belíssimas poesias, mas por raiva, talvez, as nega ao público. Se as pessoas não merecem ou não sabem dar valor, apenas o senhor, desbocado como o filho, saberá responder.
Com um humor simples, irônico, inteligente e sarcástico, típico de Woody, o filme é completamente catalão, marcante em todos os 93 minutos de exibição. Cada cena, planos (belos, suaves e não-estáveis) e ações acompanhavam a trilha sonora, exortando: “Barcelona, Barcelona!”.
Tudo parecia tranqüilo até Cristina sofrer um ataque de “insatisfação crônica” e contar que não podia mais viver esse ménage à trois. María enlouquece, dispara palavrões em espanhol e presenteia os espectadores com uma das melhores cenas do filme. Juan, mais racional, pede: “Lembremo-nos dos bons momentos passados juntos”.
Pela mesma época, Vicky descobre que Judy, quem a hospedou, não ama realmente seu marido, casou-se sem sentimentos, porque teve medo de correr atrás do seu verdadeiro amor, por ser uma atitude insegura. Preferiu trocar o incerto pelo certo, e foi um erro. Contudo, estava disposta a não deixar Vicky cair na mesma armadilha. Não passava de uma tentativa de “reescrever sua própria história”.
Em um final, não menos interessante, Vicky não conseguiu se libertar, porque tinha absorvido, através da educação, o espírito conservador e a moral da sociedade. (Don) Juan é fadado a ser um conquistador e a brigar sempre com María, que afirma que “só um amor não realizado pode ser romântico”. Cristina continuou sua busca, e o mundo a girar...
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Assita ao trailer: