terça-feira, 28 de outubro de 2008

O relato da saga por um ingresso

Não posso dizer que sou um fanático pela cantora Madonna, nem mesmo um fã, acredito eu. Dizer que gosto dela, em contrapartida, soa muito pouco e superficial. Posso afirmar que sou um Grande Admirador do seu trabalho e de sua pessoa.
Conheci-a mesmo no ano de 2005, quando lançou o CD Confessions on a Dance Floor. Não me esqueço do dia em que ouvi a música que despertou essa atração em mim por ela. Sabia que Madonna era famosa, bem reconhecida, já havia ouvido algumas coisas, mas nada demais. Quando vi que lançara o novo CD e que uma música sua estava no topo das paradas – Hung Up -, resolvi baixar e ver se era tão bom assim.
É bom ressaltar que sempre tive uma criação televisiva e não musical. A música entrou na minha vida mais por influência da minha amiga Angélica, no 1° ano do Ensino Médio. A partir de então, trilhei minha particular história musical.
O dia era atípico, estava no computador há algumas horas, já meio estafado mentalmente, e o download acabara de terminar. A tarde aos poucos se tornava noite, e uma escuridão começava a entrar o quarto. Quando ouço a música pela primeira vez algo mexe dentro de mim. Achei um pouco estranha, muito diferente de tudo o que tinha ouvido. Assumo que não a considerei a “melhor música da minha vida” na primeira audição, mas esse momento nunca saiu da minha memória.
Desde então venho acompanhando o trabalho dela, mas só nesse último ano minha relação de proximidade aumentou. Passei a ler o site Madonna Online sempre que possível (quase todo dia) e me inteirar sobre sua carreira (o que perdi em todos esses anos) e sua vida.
As notícias de que ela viria ao Brasil me deixaram super animado e ansioso. Quando foi confirmado, no dia 19 de agosto, comecei a imaginar todo o show na minha cabeça. O CD Hard Candy é muito bom e, como ela sempre se supera, um espetáculo melhor que o Confessions Tour seria absolutamente perfeito. Sticky & Sweet Tour – seria meu primeiro show da Madonna?

É aí que a saga começa e é preciso numerá-la para mostrar o tanto que a luta foi feia:

1 – Dia 20 de agosto – fiz um cadastro, assim que ficou disponível no site da Tickets for F*** (era Fun, mas não teve nada funny), que teoricamente serviria para facilitar a venda dos ingressos. Descobriu-se depois que não servia para coisa alguma.

2 – Dia 03 de setembro – assim que o dia 02 virou 03, começou a venda de ingressos para os shows de São Paulo e minha luta para conseguir um lugarzinho ao sol (e à lua) no Morumbi. O show do dia 18 (ideal para mim) só podia ser comprado por cartões Bradesco ou American Express, que não consegui de jeito nenhum, ninguém tinha. Mas para felicidade geral, o show do dia 20 poderia ser com qualquer cartão. Fiquei acordado até as 3h sem conseguir sair da mesma página no site, completamente congestionada. Resolvi dormir, ninguém no Orkut estava conseguindo comprar, muito menos o tão desejado VIP. Às 6h levantei de novo, com o propósito de tentar comprar de novo no site e esperar o Center Call funcionar às 8h. Depois fiquei sabendo que às 6h já funcionava e ninguém havia sido informado. Não fui para a aula, perdi meu tempo e a minha noite, me estressei, e não consegui absolutamente nada. Fiquei muito frustrado.

3 – Dia 14 de setembro – depois de a esperança ter sido reacendida durante esse período pelo fato de ter sido incluído mais um show (no dia 21 de dezembro), a luta recomeçava às doze badaladas. Com o Center Call funcionando de madrugada e várias pessoas com seus ingressos, conseguir falar foi bem mais fácil. Aproximadamente 1h20 fui atendido. Na loucura da hora, consegui uma proeza! Assim que a vendedora atendeu, perguntei se tinha Meia Pista, porque VIP tinha acabado (em menos de 1h30!), e ela disse que sim. Continuamos conversando até começar a fazer a compra. Subentendi que ela estava comprando meia e como não estava com o site aberto para confirmar os valores, fechei a compra. Pista Inteira! Quando olhei no site já era tarde, e bem que achei o valor meio alto para Meia Pista. O que fiz? Liguei de novo, rapidinho fui atendido, e comprei finalmente a Meia Pista. Tudo com o cartão do meu tio.

4 – Dia 19 de setembro – eu tinha sete dias úteis para cancelar a compra da inteira. Depois de uma semana ficando no mínimo 30 minutos no telefone (interurbano, deixe-se claro) sem ser atendido, na sexta consegui cancelar a inteira. Meu tio teria o valor restituído no seu cartão em 30 dias!

5 – Dia 30 de setembro (mais ou menos, só sei que era terça-feira) recebo uma ligação da Tickets For F***. A vendedora dizia que o cartão do meu tio não tinha passado a meia, pois assim que a inteira foi debitada, estourou o limite do cartão. Ela disse que meu ingresso estaria reservado e que era pra eu ligar no dia seguinte para ver se comprava com outro cartão. Como não consegui nenhum, não liguei. Fiquei esperando o valor ser restituído ao cartão e meu tio pagar a fatura. Só me restava ter paciência!

6 – Dia 21 de outubro (terça-feira) meu tio pagou a fatura e o dinheiro havia sido restituído na sexta-feira anterior, ou seja, praticamente os 30 dias. Poderia, enfim, comprar a meia! Liguei na empresa e depois de uns 40 minutos fui atendido. A funcionária me informou que não tinha ingresso reservado. “Como assim?” Tudo bem, pode ser porque não liguei no dia que a outra mulher pediu, ou porque demorou muito. “Tem outros ingressos?”. A resposta foi positiva. Alívio! Na imprensa tudo dava como esgotado. Porém, ela não poderia fazer a compra, tinha que ser outra repartição. Lá vai mais 40 minutos. Perdendo o trabalho, diga-se de passagem. Depois de quase 2h ao telefone (interurbano, reitero), desisti e fui trabalhar. Eram 3h30 quando cheguei ao estágio, meu horário de entrar é às 2h.

7 – Dia 22 de outubro – lá ia eu ligar de novo, quando vi que no site da Ticket Master começou a vender também. Resolvi comprar por lá, mais prático. Meu tio estava em casa e compramos. Para escolher a forma de entrega, eles pediam o CEP para ver as maneiras disponíveis para a localidade. Apareceu Will Call (oito reais) e Sedex (26 reais). Óbvio que escolhi a mais barata. Entretanto, depois da compra fechada, fui ver escrito: “Will Call – retirada na bilheteria”. Não é possível! Fiz burrice mais uma vez! Mas como aparece a bilheteria (em São Paulo) disponível se eu moro em Brasília? Mas estavam entregando nas lojas Renner daqui... Tive que ligar mais uma vez... 30 minutos depois me atendem e me informam que realmente podia pegar nas Renner. Graças a Deus! Que alívio! Quase morro do coração! Mas havia outros poréns. 1 - "Prazo: 1 dias" – não é possível que seja só um dia! E não era! 2 - Recebo o email de confirmação com o nome “Eduardo Mendes de Oliveira” e o nome do meu tio é “Eduardo da Silva Mendes”. Outra burrice na hora da compra! Quando fui trocar meu nome pelo dele, mudei errado e nem ele, nem eu vimos. Será que realmente poderia retirar o ingresso na Renner? Do jeito que a minha sorte anda de greve... Será que esse "1 dias" tem importância? No site dizia que era até 1h antes do show... Será que o nome errado do meu tio iria prejudicar algo? Só Deus saberia!

8 – Dia 23 de outubro – meu tio vai buscar o ingresso e... Adivinha? Deu certo!!!!!!!! Aleluia! Depois de um mês e 20 dias finalmente consegui comprar meu ingresso para o show da Diva Queen Madonna! Que felicidade!

Deus é realmente perfeito! Apesar de achar que Ele não queria muito que eu fosse para esse show, Ele é misericordioso, e se algo tem que ser feito, que seja bem feito! Não poderia ser melhor! (Bem, um VIP não cairia mal, mas nada de cuspir no prato!).
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Agradecimento especial: ao meu tio Eduardo Mendes, por ajudar o sobrinho a realizar um sonho!


Madonna na Sticky & Sweet Tour - Brasil? Estarei lá!

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