domingo, 24 de abril de 2011

Ah, o Amor! [5/10]

MIL AMORES

E a paixão pode virar amor!
Aqui não diz respeito à sensação banalizada, expressada por muitos, a torto e a direito, aos muitos encantamentos e paixões. O amor abordado neste texto é reflexo da maturidade do sentimento, não uma mera ilusão; a outra pessoa não é mais idealizada, ela é vista como realmente é, e amada como tal – consequentemente, é um sentimento verdadeiro. Ele é mais racional que emocional. Eis a principal diferença e o que o torna tão especial.



Somente as pessoas ideais podem se tornar amores. Por todos os motivos citados no segundo texto da série, fica claro que existem relacionamentos duradouros apenas com as pessoas ideais. É possível, sim, se relacionar com outros indivíduos, mas não passarão de encantamentos ou paixões. Com o tempo, a excitação e a euforia vão diminuir, as verdadeiras faces dos envolvidos serão apresentadas e o final da história é imaginável.
Como existem várias pessoas ideais para cada ser humano – apesar de não ser fácil encontrá-las –, existem vários potenciais amores no mundo. Ao encontrar um, você encontrou o outro. Ou seja, a dificuldade é a mesma. A esperança também.


Existe amor à primeira vista? Não. Existe encantamento à primeira vista. Como dito, o amor é o ápice de um relacionamento. Por isso é preciso cultivar o sentimento e a relação, e, de tempos em tempos, reacender a paixão. Obviamente, é um trabalho em conjunto.
O amor é eterno? Pode ser. Da mesma forma a relação. Não confunda o sentimento com o relacionamento. É possível que o namoro/casamento termine e o amor continue. Você já deve ter visto casos em que um casal se ama profundamente, mas não consegue ficar unido. Também é possível que o amor diminua ou até mesmo se torne ódio. Depende de como o casal vai gerenciar tudo.
É possível amar mais de uma pessoa? Sim, é possível. E não se trata do amor Ágape ou do Phileo, é o Eros mesmo. Contudo, não na mesma medida e intensidade, ou ao mesmo tempo. O amor, mais do que um sentimento, é uma ação. O ato de escolher alguém em detrimento a várias outras é uma prova de amor. A verdade é que o sentimento pelos amores antigos muda com o tempo, tornando-se amor pelo ser humano e não amor pelo homem/mulher com quem um dia se relacionou.



O amor é um sentimento tão incrível! Ele se instala aos poucos, com o tempo, muitas vezes imperceptivelmente. Talvez ele seja percebido apenas quando alguma situação o colocar à prova, e nessa hora você vai se surpreender ao se descobrir amando. Ele não está em grandes declarações, está nos pequenos detalhes. Como dito, o amor é mais racional. Você sabe que pode viver sem a outra pessoa e que sua felicidade deve vir em primeiro lugar. Não significa que o amor é egoísta, mas você sabe que se não estiver feliz, não poderá fazer o outro feliz. Talvez você perceba que é melhor abrir mão dessa relação para que seu parceiro se realize completamente em outra.
O amor é tão complexo que não existem palavras para descrevê-lo. Apenas quem verdadeiramente o vive sabe o quão especial ele é. Sem mais.

Observação: Nem preciso indicar nada, afinal, o amor é o sentimento mais discutido no mundo.

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domingo, 17 de abril de 2011

Ah, o Amor! [4/10]

ENCANTAMENTOS E PAIXÕES

Um relacionamento pode passar por três fases: o encantamento, a paixão e o amor. [Prefiro ser positivo e não contar o divórcio]. Eis as duas primeiras fases!


Você já olhou para um completo desconhecido na rua e pensou “Eu casaria fácil com ele/ela”, ou “Daria um ótimo marido/esposa”? Obviamente, apenas analisando a parte estética da pessoa, já tirou conclusões sobre ela – “parece ser tão carinhoso, educado, protetor...”, ou então “parece ser tão boa de cama, minha mãe ia adorá-la como nora...”? Ou seja, já desejou e idealizou um desconhecido em sua vida apenas por sua percepção dele?

Você já conheceu uma pessoa na internet (ou pessoalmente) e, conversando somente duas horas com ela, pensou “Parece que conheço há anos! Quero ficar aqui por uma semana!”? Ou, mesmo sabendo racionalmente o quanto está sendo idiota, após conhecer a pessoa por apenas uma semana, pensou “Eu mudaria minha vida por ela!”?

Parabéns! Você já se encantou (perdidamente, ou não) por alguém, caso tenha respondido afirmativamente a alguma das perguntas acima, ou caso tenha passado por situações semelhantes. É, todo mundo viveu, vive ou viverá isso.

Se os sintomas permanecerem por um tempo razoável... Parabéns mais uma vez! Você está apaixonado! Ou... Que pena! Você está apaixonado. Sim, porque há o lado positivo e negativo – como tudo na vida. Há aqueles que adoram se apaixonar... E há aqueles que odeiam passar por essa fase – estes gostam de ter as rédeas de seus sentimentos.


Um olhar cruzado pode ser suficiente para você ficar com a outra pessoa na mente pelo resto da semana. Isto é encantamento. É à primeira vista, acontece rápido, é arrebatador. Se chegar a conhecê-la, em uma semana você não a tira da cabeça - imagina o que ela faz, pensa onde está, com quem, etc. Seu único desejo é estar com ela e conhecê-la cada vez mais.

No início do encantamento você ainda tem a opção de escolha. Se detectar os sintomas acima, você pode tomar a decisão: seguir adiante ou cortar os laços de uma vez. Amputar esse sentimento. Na verdade, é uma aposta, pois você não sabe o que o futuro reserva. Se vale a pena arriscar ou não, é contigo!

Se resolver seguir com o encantamento, com o tempo, vai conhecer melhor o outro. Se continuar a gostar e a relação fluir, a paixão é o próximo estágio. Aqui cabe um aviso de perigo bem grande: essa é talvez, por um lado, a pior fase de um relacionamento.

Quando uma pessoa está APAIXONADA, ela acredita que AMA. Esta falsa impressão é a causa de todos os problemas. No encantamento, você tem noção de que está encantado e sabe agir a partir dessa constatação. Na paixão, seus sentimentos enganam sua racionalidade. A paixão é a fase do “morreria sem você!”, “você é meu TUDO!”, “enfrento céus, terra, mar e inferno para ficar junto a ti!”, “abro mão da minha vida, da minha família, dos meus sonhos por você!”. Doce ilusão. Como diria Mushu, no desenho Mulan: “Acorda pra cuspir!” Deixe a irracionalidade de lado e descubra o que realmente é esse sentimento.


De duas uma: se o negócio vingar, as escamas da paixão começarão a cair e o amor brotará; se não vingar, a desilusão vem, você se sente um idiota, talvez declare ódio ao “amor” e jure que nunca mais se apaixonará. Doce ilusão de novo. Se você quer um amor, necessariamente passará pelas duas fases anteriores. Alguns mais rápido que outros, ou com mais intensidade. Alguns sofrem mais, outros não deixam o lado emocional dominar tanto. Bem, cada caso é um caso.

Sinceramente, a maioria das pessoas adora se apaixonar, por outro lado. Apesar de todos os problemas, é a período em que as partes cedem mais, agradando sempre um ao outro; é quando o sexo é super quente, já que um estará descobrindo o corpo do outro (e isso só acontecerá no início); e é quando há um maior número de declarações, presentes e encontros encantadores. Talvez não seja a melhor fase de um relacionamento, mas ela é única. Então, aproveite e deixe-se apaixonar com moderação.

Observações: melhores exemplos de encantamento são os filmes “Antes do Amanhecer” (1995) e “Antes do Pôr-do-sol” (2004), ambos de Richard Linklater. Corra até a vídeo locadora mais próxima!

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domingo, 10 de abril de 2011

Ah, o Amor! [3/10]

SONHOS CONJUNTOS

“Eu não preciso de mais nada na minha vida. Se tenho você, tenho tudo!”

O-lha-que-ro-mân-ti-co-gen-te?! Quem diz isso ama mais do que qualquer outro ser vivo, só pode! Mas a pergunta é: abrir mão da própria vida por outra pessoa é amor ou burrice? Vale mesmo a pena? Se você respondeu “sim” sem pensar, seu caso é burrice! Se estiver considerando a questão, sua situação é mais tranquilizadora.

Quanto mais alto é o sonho, mais dificuldades você terá para encontrar um amor. A não ser que tenha muita sorte. Isto acontece porque a regra, o sonho geral, é a busca por acomodação e estabilidade. Se os planos de vida de alguém não dão destaque a essas duas palavras, somente outra pessoa parecida conseguiria entender, aceitar e incorporar essa vida alternativa. Aqui não julgo se uma é melhor do que a outra – são apenas diferentes, cada uma com seus prós e contras.

Caso seus sonhos sejam sobrenaturais, ou seja, acima do que é considerado natural – talvez a ponto de as pessoas os considerarem ilusórios –, você sabe muito bem a dificuldade que é encontrar um amor para a vida. Sim, porque se você quiser relacionamentos com data de validade, não haverá problemas para encontrar. E muita gente é deste tipo: "Vamos ficar juntos até onde der!”, ou “Vamos viver cada dia de uma vez. Não sabemos o que o amanhã nos reserva”, ou ainda “Tem tanta água para passar por debaixo desta ponte. Nossos sonhos não combinam agora, mas podem combinar no futuro”. Se funciona para você, ótimo.


Conciliar sonhos – eis o necessário para um relacionamento ser duradouro. A pessoa ideal será aquela com quem é possível conciliar os sonhos e formar um futuro em conjunto. Muitas questões devem ser discutidas, como os planos de vida (Casar? Ter filhos?) e os desejos profissionais (principalmente se seu trabalho exige mudança periódica de cidades).

Pode parecer irrelevante, mas são as respostas às perguntas aparentemente mais banais que irão determinar a longevidade de uma relação. Uma pessoa comum (no sentido de pensar como a maioria) tem as respostas claras: quer continuar a morar na cidade em que está, quer ter uma festa de casamento, e um ou dois filhos. Isto é o considerado natural. A diferença da pessoa incomum é que ela tem desejos muito claros e fortificados. Exemplos: detesta casamento, quer morar sozinho, não gosta de crianças, pretende ter inúmeros animais de estimação, sonha em viver no exterior, dentre outros. Agora ache alguém parecido! Você irá encontrar, mas provavelmente com mais dificuldade. Repito: a não ser que você tenha sorte ou conheça uma simpatia das fortes. [Se sabe de alguma, por favor, compartilhe com os leitores do blog!]


Os seus sonhos devem moldar-se aos sonhos de seu parceiro. Ambos precisarão ceder em algum momento – em qualquer relação, mesmo nas cômodas e estabilizadas. O ideal é buscar, dentre seus desejos, aqueles que podem ser conciliados. Possivelmente será preciso adaptar seus sonhos, mas é imprescindível que os dois cheguem a um ponto em comum – aquele em que os dois sonhos individuais se tornam um único sonho.

Mais do que embarcar nos sonhos alheios, interesse-se e acredite neles e no seu companheiro. Não adianta mudar sua vida e ficar insatisfeito com ela, ou pensar que tudo vai dar errado uma hora ou outra. Compre a ideia e aposte nela!


É egoísmo, todavia, não desistir de seus sonhos por alguém que você ama? Significa que você não ama tanto assim a outra pessoa? De forma alguma! Significa apenas que você se ama em primeiro lugar – nada mais natural e saudável. Ninguém deve abrir mão de seus principais sonhos pelo parceiro. Nunca! A chance de, no futuro, você jogar na cara do parceiro que fez o que ELE queria, e não o que VOCÊ desejava, é muito grande. Sim, porque uma hora ou outra, mesmo que inconscientemente, você vai querer ser recompensado pela sua atitude “altruísta”, e se isso não acontecer... “Ah! Seu egocêntrico filho da mãe!”... o arrependimento vai bater à porta.

Voltando à pergunta do início, se abrir mão da própria vida por outra pessoa é amor ou burrice... Provavelmente os dois. Entretanto, o ideal é que seja uma burrice deliberada. Pense muito bem nas consequências e tenha consciência de que você toma essa atitude sem ser obrigado, e de que, talvez, não tenha outras coisas em retorno a não ser a felicidade do seu parceiro. Se for suficiente, não hesite.

Ah, e sobre a frase apaixonada do começo do texto, ela somente seria verdadeira se o seu único sonho é amar o seu companheiro. Mas seja sincero – este é seu único sonho mesmo?


Observação: assista ao excelente filme “Foi Apenas Um Sonho” (Revolutionary Road, 2008, de Sam Mendes) e veja até onde sonhos conjuntos mal resolvidos podem levar um casal - apenas com o trailer já é possível refletir algumas questões.


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domingo, 3 de abril de 2011

Ah, o Amor! [2/10]

A PESSOA IDEAL


NÃO existe pessoa perfeita. Se você espera pelo príncipe encantado, sem defeitos, vai morrer esperando. Desculpe-me ser tão direto, mas há verdades que precisam ser ditas sem rodeios, talvez para (ter mais chances de) causar algum impacto e consequente mudança. Esta constatação não é motivo para desistir dos homens (ou mulheres) e pegar o primeiro traste que aparecer na sua frente, ou aceitar quem estiver abaixo de suas expectativas, padrões de qualidade e desejos.

Existe a pessoa perfeita PARA VOCÊ, todavia. Assim, para não haver confusões, chamemos de “pessoa ideal”. Ela tem as qualidades que você aprecia e os defeitos que você tolera. Além das virtudes gerais, que qualquer um (em sã consciência) admira, como agradabilidade, educação e honestidade, para citar algumas, a pessoa ideal tem virtudes próprias, que a destacam dentre a multidão.

É muito importante conhecer os defeitos do seu “príncipe” (ou princesa, ok). Há aquelas características que são insuportáveis para algumas pessoas, da mesma forma que existem as toleráveis. O que não significa que é preciso aceitá-las. A verdade é que você sempre irá tentar mudar, às vezes brigando, aquilo que não gosta em seu companheiro – enquanto durar o relacionamento. Entretanto, se você sabe lidar com o diferente, com o que não o agrada mas é suportável, tudo fica mais fácil. E pode ser que você se surpreenda admirando esse defeito em alguma situação específica.

Ninguém muda com o tempo. De modo radical, é melhor pensar desta forma. Muitos divórcios acontecem porque uma das partes acredita que vai poder mudar o outro com o passar dos anos. Pode ser que sim. Pode ser que não. Vai querer pagar para ver? Se seu parceiro não mudou nos primeiros meses de namoro – período em que ele faz tudo para te conquistar –, não vai ser depois que você o “aceitou” que ele vai se dar ao trabalho de mudar. Não caia nessa! Repito: conheça bem os defeitos e tolere-os. Se não for o caso, parta para outra.


Beleza física põe mesa, sim. E mesmo que não ponha mesa, você não precisa comer no chão, né querido. A primeira impressão é importantíssima. Exemplo: você está em uma festa e existem duas mulheres te encarando, uma bonita e uma feia. Para qual você irá arrastar suas asinhas? Resposta óbvia. Pode ser que, ao conversar com as duas, você descubra que a feia é mais interessante, inteligente e educada. Contudo, geralmente as feias não têm chance de provar seu valor – infelizmente. E ninguém, além da natureza desprovida e da própria feia, é culpado.

A pessoa ideal é bela aos seus olhos. E é bom deixar claro aqui que beleza é relativa, por isso, “aos seus olhos”. Você deve achar seu companheiro bonito, mesmo que seja com o tempo. Vale a pena ficar com o feio com conteúdo? Não, pois você não estará se valorizando. Creia que é possível encontrar um inteligente E bonito. Lembre-se: você só vai começar a perder a visão na velhice! Se ficar com um feio, por mais que admire inúmeras qualidades, sempre saberá que a outra pessoa não é abençoada fisicamente. Porém, repito o que foi dito no último post: seja realista! Olhe-se no espelho ao julgar a beleza dos outros. Bonitos só ficam com feios por interesse (ou por baixa autoestima, como dito). Você pode até tentar, mas se, em alguns meses, continuar incomodado com as imperfeições e o outro não tentar melhorar, desista.


Os parecidos se atraem, não os opostos e nem os iguais. Pessoas idênticas podem até se dar bem. Contudo, são pessoas previsíveis, rotineiras, talvez até mesmo intolerantes, que não gostam de surpresas, do inesperado ou de serem contrariadas. Quem se apaixona por um clone é narcisista. Por outro lado, o papo de que opostos se atraem também é balela. Aliás, eles podem se atrair, mas vão se repelir com a mesma rapidez e intensidade.

Afinidades são a base da receita e as diferenças são o tempero. Os pilares da relação são as afinidades. Tudo o que é indispensável para você – seus principais valores, crenças e objetivos – deve ser também indispensável para seu companheiro. Vontade de casar e ter filhos (ou a ausência dela), as citadas virtudes gerais e locais preferidos para sair são exemplos de afinidades importantes. Caso contrário, o casal precisa de muito jogo de cintura, espaço e conversa para se entender.

As diferenças, bem, é preciso aceitá-las (perceba que não é tolerar, como em relação aos defeitos), respeitá-las e, de preferência, admirá-las. São as diferenças que farão o casal se completar. Em um quebra-cabeça, duas peças idênticas não se encaixam. Seu companheiro não deve falar tudo o que você quer ouvir, porque muitas vezes você terá que ser confrontado e ouvir umas boas verdades. É preciso alguém que te aconselhe, ajude, apóie, elogie seus acertos e reprove seus erros. Por fim, a diferença torna cada pessoa um ser individual – e interessante.

Inúmeras outras questões determinarão se uma pessoa é ideal ou não para você. Uma mais que destaco é a classe social. Eis o complexo da Cinderela – a empregada doméstica que encontra o príncipe e vira princesa. É apenas isso, gente – um conto de fadas. Pessoas de classes sociais diferentes vêm de realidades diferentes, têm sonhos, rotinas e gostos distintos, o que torna muito complicado dar certo. Não é impossível que aconteça e funcione, contudo, o rico precisa ser muito humilde e não ter preconceitos, da mesma forma que o pobre não pode ser orgulhoso ou se sentir inferior. Nem é preciso comentar os casos de puro interesse financeiro.


Admiração e confiança – estes são os dois sentimentos que determinarão se a pessoa é ideal para você ou não. Admirar e confiar são os verbos mais importantes em qualquer relação! Sem um ou outro é impossível que o relacionamento dure. Não tenha dúvidas. Não é um admirar que signifique “eu gosto disto nele”, é mais ainda. Como bem diz o dicionário, é ter “um sentimento de deleite, enlevo, respeito ante o que se julga nobre, belo, digno de amor e veneração”. Você precisa falar com orgulho de seu companheiro. Pode ser admirar características óbvias, como a genialidade ou a beleza grega, ou admirar pequenos gestos, como a forma que respira ao dormir, o buraquinho na bochecha quando sorri, ou a forma como ele te trata.

“Em namorado a gente confia e entrega a Deus”, disse sabiamente Wanessa (ex-Camargo, só para identificar). Confiar é ter fé. Quando falamos nisto, inicialmente relacionamos à fidelidade. Como você não vai ficar grudado no seu amor e não quer morrer de ciúmes, é preciso acreditar no próprio taco (ser seguro) e confiar que o companheiro não vai se render às inúmeras tentações. Mas confiança também é necessária para compartilhar a vida e os problemas, entregar-se de corpo e alma à relação, e saber que o seu companheiro é sua fortaleza, alguém que sempre estará ao seu lado quando precisar.


Encontrou a pessoa ideal para você? Que bom! Agora me diga: você é a pessoa ideal para ELA? É, querido, um precisa ser ideal para o outro. Se um não quer, dois não namoram. Às vezes, o outro é tudo o que você procura, mas você não é nada do que ele almeja. Não basta a física, a química também tem que acontecer. Caso contrário, não vai haver compatibilidade, e aí não adianta nada o que você pensa sobre a outra pessoa. Não vai rolar.

Enquanto a pessoa ideal não aparece e te considera a pessoa ideal dela, deixe de procurar pelo “príncipe azul” (aquele perfeito) e tenha fé. Em algum momento, você cantará como a Shakira: “Cansei-me de beijar sapos em vão, sem o ‘príncipe azul’ nunca encontrar. E assim você chegou, devolvendo-me a fé, sem poemas e sem flores, com defeitos e erros, mas em pé”. Queira um príncipe “em pé”!

Observação: se você pensa em continuar a buscar a perfeição, veja o filme Cisne Negro e veja onde tudo pode te levar – à loucura.


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